sábado, 22 de janeiro de 2011

Madrugada ou repouso na chuva.

Mais uma noite em claro, e eu nem ao menos sei o por quê, cabeça cheia.
Ao mesmo tempo me sinto vazio...
Seria o sofrimento um remédio para o espírito?
Algo que nos acorda, que nos lembra que há algo...
mesmo sem motivo.
Sofrer pela ausência de sentido.
Me sinto pior por não sentir nada como na letra:
"Socorro alguem me dê um coração, que esse já não bate,
nem apanha, por favor uma emoção pequena qualquer coisa,
qualquer coisa que se sinta, com tantos sentimentos deve ter algum que sirva..."
Nem vontade de chorar ou de rir.
Não estar de bem com o mundo.
E o amor?
Agora parece um preconceito, amar o que precisa,
o  faz sentir-se bem, o que é conveniente...
Como declarar um amor quando há mil e uma outras no mundo,
que talvez eu amaria como nunca antes.
Sempe parece como nunca antes...
E a pior parte é as pessoas querendo forçar o bem estar...
Pior do que o dever é a falta de vontade, sem motivação.
Não procuro uma resposta e sim saber qual é a pergunta.
Tem dias que a gente acorda assim simplesmente, ou nem dorme.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Send to Baltazar

A melancolia da despedida, a notável perda.
Partir sem saber o que fica, ou o que vai...
"Viva não para que sua presença seja notada,
mas sua falta seja sentida."
Li em algum lugar...
O risos, o olhar levemente estristessido.
Poucos gestos que fizeram a diferença,
hoje são lembranças, não boa ou ruins apenas lembranças.
A dois anos atrás seria um dia horrivel, o céu chora comigo...
Então o que me resta é sorrir essas lembranças e agradecer
a quem deu vida a elas.
Então não há palavras, apenas "in loving memory of...".

domingo, 16 de janeiro de 2011

Memória Ausente

Até hoje não percebebemos que somos senhor
da nossa vontade e escravo da nossa consciência.
Não, não é ofim que é interessante,
mas os meios para lá chegar.
Esquecemos de que o que importa é ser feliz
não importa onde ou o quê, apenas rir,
por mais idiota que pareça, por mais
incômoda a situação, o prazer nos motiva.
"E o pequeno príncipe disse ao homem.:
os adultos não entendem nada sozinhos,
e é cansativo para as crianças ficarem
explicando as coisas para eles."

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eu perdido...

Que coisa aterrorizante é o homem...
Uma massa de medidores, discos e registros,
e só sabemos ler alguns deles.
E, mesmo assim, talvez não corretamente.
Frases soltas, palavras não ditas...
Perdidos em um vazio dentro de sí.
Medo de ser ele mesmo, o que irão pensar?
Não é preciso carnaval para colocar suas máscaras,
e somos forçados a usa-las, pressionados.
Não é onde quer ir, mas onde se tem que ir.
Um imperativo subversivo, escondido e bem claro.
O dever acima da vontade, nos permitimos isso.
Frios e pálidos, esse não sou eu, sou quem você quer,
quem você acha que sou, esse não sou eu.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O nada

Há momentos na vida que nada mais eloquente que o silêncio.
A casa vazia, a garrafa seca, o cigarro desfeito em cinzas.
A espera do abraço, o pensamento vasto, a dor e o cansaço.
A porta sem bater, o sofá desocupado, a vontade de se ater.
O sol nascendo, a lua sumindo, as nuvens se esvaindo.
Como o desejo de um abstêmio nada mais lhe dou,
se não o meu silêncio.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dúvidas, dádivas?

Quando se pode parar a vida e dizer:"esse momento mudou minha vida!"?
Estar lá, não parece tão ruim.
Começa com um convite, talvez uma iniciativa sua.
Chegar, na hora parar pra pensar:
"daqui a um tempo vou lembrar disso e sorrir (ou lagrimar)..."
Como um estranho Déjà vú, só que mais real.
A vida acontecendo, e não se pode mudar.
E por que mudar?
Está tudo bem, você e o momento.
Parar pra quê?
Pensar parece perca de tempo.
Mas ele vem, atormentador...
A consciência sbjetiva está no meio do caminho,
ou nós que estamos no meio do caminho da consciência?
Aprendemos máximas, mas quando as por em prática?
Vai ver essa nossa amnésia momentânia é a nossa espontaniedade.
Sem regularmentos, apenas nós e nossos defeitos e virtudes.
Imprevisível como um salto no escuro da piscina.
Aquele frio na barriga é o que faz valer a pena.
O medo que impulsiona ao desafio e a satisfação tentadora.
Até chegar ao ponto que o certo e o errado são pontos de vista,
consequências de atitudes.
Valeu a pena? bem ou mal, valeu sim.

Lances de uma vida asfixiada.

Não deixe seu fogo se apagar, faíscas por insubstituíveis faíscas.
Na troca perdida do não exato, do ainda não, pelo não, de jeito nenhum.
Não deixe aquele herói na sua alma se extinguir numa frustação pela vida
que você mereceu e nunca pôde alcança-la.
O mundo que você deseja pode ser ganho, ele existe, é real, não asfixie.
É possivel, é seu.
Sua arte importa, é o que me trouxe até aqui.
Tudo que li, vi, ouvi e senti molda minha vida.
E acredite, o seu real mundo existe.