quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Carta extraviada...

TuTi S2

Estar ao teu lado é sempre bom :), é como estar em casa de pijama,
assistindo sessão da tarde, fácil e muito confortável.
Eu só preciso ser eu mesma e é incrível como você gosta disso, ou pelo menos atura.
Fazes falta e me deixas cheia também u.u .
Tu és um saco e teu abraço é tão confortável *-*
Eu ficaria com você, mas eu não mando no meu nariz e coisas ruins podem
voltar a acontecer :( , e não quero te ver triste, eu quero rir com você
de tudo isso sabe...
Queria eternizar os nossos momentos juntos porque são tão únicos *-*
tão felizes, até com raiva você me faz bem, cara eu vivo com o humor ácido D:
ai você vem com seu jeito básico D: e me neutraliza, me acalma, de algum modo
você tem poder sobre mim '-', e isso me preocupa, me deixa sem jeito e
me faz ter certeza que pra onde eu for, um dia eu acabo voltando pra você, de alguma forma.

Eu queria que ficasse certo que num passado existiu eu e você juntos, felizes,
e  lá somos felizes até demais.
Hoje eu já não sou a mesma pessoa, e você também não.
Mas esse amor que existiu é nosso, e nada pode mudar isso.
                                                                                                       J.F

domingo, 30 de outubro de 2011

Além do que se vê.

"No presente a mente, o corpo é diferente.
E o passado é uma roupa que não me serve mais...."
Mas então você me pergunta pela minha paixão, digo que estou encantado
com essa nova invenção, eu quero ficar nessa cidade.
Eu sei disso pela ferida viva no meu coração.
Já faz tempo eu vi você pela rua, se movendo com o vento.
Indo para algum lugar e lugar nenhum, encontrando e se perdendo.
Na parede da memória, essa lembrança é o quadro que me dói mais.
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina, nada está a nosso favor,
o sinal quase sempre está fechado para nós que somos tão jovens.
Nem sempre viver parece melhor que sonhar, e o amor deveria ser uma coisa boa.
Seguir em frente, realmente é preciso, você diz que nós não temos futuro e eu concordo.
Mas ainda estamos no presente, desafiando o tempo, as pessoas... tudo.

Quando amo, quase sem querer devoro todo meu coração.
Digo que te amo, grito que te odeio no mesmo fôlego.

E se você quer saber, eu começaria tudo outra vez se preciso fosse.
Enquanto estivermos, nada foi em vão.
Então eu cantaria, como cantei e cantarei só para afastar o silêncio.
Tenho ou um dia terei, fé no que virá.
A alegria de poder olhar para trás e ver que voltaria tudo outra vez.
Mais uma vez, recomeçar.

*
(adaptação: belchior-velha roupa colorida, como nossos pais; chico buarque -baioque; começaria tudo outra vez)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vantagens.

Por quê amor?
As pessoas são de natureza insuportável, chatas, estranhas e por vezes assustadoras.
Cada um nasce e é criado de uma forma diferente, por mais normal que pareça.
Logo reconhecer um ser que você não cresceu junto ou que
nem sabia da existência até 10 anos ou 10 minutos atrás é algo incomum.
Pensar enquanto sorri de felicidade por sentir-se completo cada dia mais.
Estar mais do que satisfeito, por nem sequer fazer questão do lugar,
da hora e por qualquer motivo, do mais complicado ao mais simples, torna-se natural.
Quando isso tudo torna-se comum e sem se tornar chato e entediante.
E que as vezes nos deixa mal mas sempre acaba nos motivando.

Por quê amar?
O mundo é um lugar selvagem, nada é como a gente gostaria.
Viver é muitas vezes mais questão de improviso do que
vontade própria, seguir algo pensado e planejado antes.
Ai alguém aparece e você estranhamente sente-se bem
com aquela pessoa, de repente parece até que o mundo
é uma casa antiga, que parece feia mas tem muitos lugares
para conhecer e você fica curioso, de repente é bom estar vivo.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Na superfície.

Todas essas pessoas indo e voltando para o mesmo lugar,
olhando pro nada e achando tudo, como quem está implorando por qualquer coisa.
Aceitando qualquer trocado por um sorriso, uma migalha de alegria.
Comentando a novela, falando sobre carros novos, questionando o modo de vida.
Se perdendo no meio de tanta coisa mesmo sem nenhuma novidade.
Queria poder entender como é viver com tudo e sem ter nada.
Tenho pena e nojo, queria poder ajudar, mas quem sou eu para apontar erros?
Para elas é tudo tão simples, tão fácil e elas são tão fáceis que perdem toda a graça.
Por que se vender tão barato? o desespero de perceber um vazio?
Talvez a carência seja algo insuportável, o silêncio é apavorante, a solidão.
Bom eu não preciso encontrar, também não quero perder, tudo é uma questão
lógica, basta ter saco pra encarar uma realidade boba.
Mas elas preferem viver mascaradas... preferem usar fantasias...
Fico pensando se quando olham no espelho ainda são capazes de reconhecerem-se.
E será que eu tenho que me adaptar a esse sistema? será que devo aceitar?
Ser feito de idiota e me fazer de idiota só pra estar no seu convívio social?
Quando irão perceber que quanto menos esforço menor o reconhecimento?
As vezes acho que só existo de verdade quando estou sentado na minha sacada,
atrás da fumaça do cigarro, com o rosto escondido entre as garrafas.
O resto do mundo parece apenas uma doce ilusão que me permito acreditar,
na possibilidade de em algum lugar encontrar as coisas que imagino existir.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Acordar


Lá estava, lendo algo sobre se encontrar é se perder em alguém.
Eu estive perdido, em mim mesmo.
Em meus pensamentos que tomavam o controle quando eu preferia ficar quieto.
Deixei as coisas passarem enquanto me tornava cada vez mais abstrato.
Vi aqueles rosto felizes e tristes... por que essa mudança de humor tão acelerada?
Comecei a me questionar sobre o que eu era, sobre o que sou ou o que serei.
Não que eu tenha uma resposta pra isso, só precisei conversar comigo mesmo.
E nem precisei buscar explicação, só precisei me perguntar umas coisas.
Não cortei o cabelo nem comprei roupas novas.
Sei lá, resolvi acordar, resolvi simplesmente acordar.
Sai de casa e fui dar uma volta na praia e deixei a porta aberta.
Respirei o ar e sujei os pés na areia, andei de olhos fechados e ri sozinho.
Quando voltei os móveis ainda estavam lá, tudo no mesmo lugar.
Era eu, eu tinha mudado, não era mais o mesmo que saiu pela porta antes.
Decidi me levantar do canto da sala e me levar pra viver.
Mudei o modo de ver as coisas que passavam diante dos meus olhos.
Isso fez toda a diferença.
Não adianta querer matar ou criar algo novo pra me sentir feliz.
Bastou transformar, como um boneco de massinha que me permita dar
a ele várias formas, eu virei de repente um boneco de massinha.
Moldado por mim mesmo, com base no que via e no que sentia.
O amor verdadeiro se tornava a paz que sentia dentro de mim.
Decidi tirar as pedras que iria atirar no cachorro que se aproximava
e decidi apostar corrida com ele.
Decidi não pegar o guarda-chuva e fui tomar um banho ao ar livre.
Decidi não agradecer por estar vivo e quis viver.
Eu tenho essa vida e a usarei para crescer, quem eu era antes já nem consigo lembrar.
Que as noites permitam que eu me sinta caindo no chão em segurança.
As luzes se apagam, só eu e minha alma nova.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

High Hopes

Dias que parecem meses e meses que passam com um dia.
O que conta são as noites, as que passo sem me dar conta,
que mostram e me escondem nas sombras, o escuro acolhedor.
Os dias só trazem uma esperança boba e tola de que as coisas
irão melhorar, ou que algo vai mudar com o clima ou o vento,
não adianta, fico sentado esperando algo me encontrar.
O poder não está em minhas mãos, apenas a vontade que
guardo comigo, mas nada posso pois nada me fortalece,
Tento me erguer por minhas próprias pernas, que tremen sempre
que tento levantar e correr, e preciso, antes que o tempo leve tudo que
é bom embora e só me restar deitar na cama que
me consola e diz que há algo de confortável.
Só espero que todas as mentiras por mais bem contadas não
venham confundir a minha verdade, por mais que
minha visão mude de horizonte não mudar meu modo de enchergar as coisas,
para uma vida consumida pela degeneração lenta.
Que nem a imensa dor que sinto seja capaz de me acovardar diante
da incapacidade de reação perante a decepção.
O esperar demais dos outros não deixe superar a razão que exigem de mim.
Essa condição de refém de um acaso que nem é meu, mas estar ligado
da forma mais incoveniente que seja não diminui a dor de saber que o
erro está lá, e talvez poderia mudar ou deixar de acontecer, mas o fato
de ter existido sempre vai ficar encravado e trazer a dor de volta.
Não erre, não procure errar, não se esconda atrás de desculpas que
em vão tentam dar sentido à isso, não há perdão para um erro
premeditado. Mesmo ao acaso já é quase imperdoável.
Como tolas juras de amor, se todos amassem pra sempre cada novo relacionamento...
sempre vem uma onda depois da outra e como bobo fico sempre achando
que uma pode ser melhor que a outra, o que vale mesmo é a areia que nunca passa,
sempre esteve e vai estar lá me esperando quando voltar à praia.
Mas não valorizamos o que nos tráz a certeza, escolhemos nos aventurar
em coisas incertas, e quando o castelo de cartas desaba vem a tristeza tola
de ter desmoronado, que de bobo construímos já sabendo que não era seguro.
Talvez eu tenha entendido errado, talvez baste mais uma noite passar
e amanhã já estará tudo bem...
Lá vou eu de novo com minhas esperanças...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Real-Ficção - Prefácio.

Talvez seja a ironia do rumo que as coisas foram tomando, ou simplesmente
por ser sobre tudo que marcou não só aqueles Dias e aquele ano, mas a minha vida.
De repente da lembrança fez-se a saudade e dessa saudade a história, a nossa.
A graça de escrever essa realidade está no fato de conta-la muito mais à mim
do que a qualquer pessoa que venha a ler algo algum dia. Depois de não
encontrar as respostas começo a me questionar sobre as dúvidas, sendo assim
por mim, gera-se uma ficção.
Cada momento vivido me fez lembrar do meu primo dizendo:
um dia vamos contar isso para os nossos netos, e com essa ância de contar
tudo o que se passou percebí que cada vez entendia melhor o "fim" observando
o começo. Finalmente saber se amamos somente a idéia de amar, se desejamos
criar um romance de filme, ou viver aquilo que deve ser o amor.
Mas no fim das contas eu sempre soube, só não tinha capacidade ou maturidade
para entender.
Eu acho que me conheço bem mais do que admito me conhecer, as vezes penso
que a gente finge não se conhecer para se permitir à certas "surpresas".
Lembro que em uma aula de artes na quarta série do ensino fundamental
a professora pediu para desenharmos algo no qual nos definíamos, nosso jeito;
talvez se fosse hoje em dia eu acharia impossível, complicado demais ou
passaria horas pensando no que colocar naquele papel em branco. Na época
acho que demorei uns 5 minutos para desenhar um barco-à-vela no meio do mar.
Quando a professora me perguntou o por quê disso, expliquei que me via assim,
livre e com um mar para navegar mas sem enchegar realmente alguma opção de
lugar para ir, nenhuma terra à vista.
Passaram-se anos e ainda me vejo no meio do mar como no desenho, deixando a
correnteza e o vento me levarem para qualquer lugar. Sou o mesmo ainda?
No fundoa vida toda é um reflexo da nossa infância.

Era quatro de julho de 2009, meu aniversário de 17 anos...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Amores e Pecados (um pouco de Nelson Rodrigues)

 Desculpe querida se eu sou normal demais.
Se odeio acordar cedo, e não gosto de café da manhã.
Se almoço lá pelas 15hrs, e como besteiras no jantar.
Passo a madrugada em claro.
Se não gosto de ver TV e acho novela a coisa mais
cara-de-paumente clichê escrita.
E quando falto a igreja nos domingos,
só vou quando não tem missas ou cultos,
e só rezo nos dias que acordo acreditando que Deus existe.
Penso que Ele só frequenta as igrejas vazias.
Lá estão os verdadeiros fiéis.
E perdoe-me por pensar e querer fazer sexo
com uma certa frequência.
Sei que isso não condiz com seu pensamento,
você acha isso uma coisa banal, além do que
um pecado sentir prazer carnal tamanho,
sem estar sacramentado em casamento.
Você que me julga muitas vezes um animal quando
tento inovar, e diz "Se você usasse essa criatividade para
algo que prestasse..."
Ah... o que seria da vida se não fossem os escrúpulos,
a falsa moral, e toda essas coisas que inibem a diversão?
'Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros,
ninguém cumprimentaria ninguém' (ou todos se falariam mais).
Mas confesso que esse seu jeito sério, muitas vezes tímida,
como diriam meus amigos : "santinha". Me enlouquece.
Quem diria afinal 'o pudor é a mais afrodisíaca das virtudes'.
Não diga que eu minto demasiadamente...
Por muitas vezes é você que faz muitas perguntas difíceis
nas piores horas possíveis.
Me irrita quando você mente que está com dor de cabeça...
E reclama que as vezes sou selvagem...
Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há paixão possível.
Pior seria eu reclamar de você bagunçar o meu cabelo...
Fico triste em ver muitas vezes os meus amigos se perdendo nas
suas próprias vaidades, um tal de 'metrosexualismo'.
Nunca a mulher foi menos amada do que em nossos dias.
E nunca antes  foi tão chato existir.
Você bebe uma cerveja no bar é alcóolatra, vagabundo...
Acende um cigarro é fumante e vai morrer de câncer...
Falar em sexo, é um tarado, pervertido.
Politicamente correto é o termo mais imbecíl já criado.
Onde já se viu politica correta? Nunca antes na história desse país...
Não repare que eu misture os tratamentos de tu e você,
não acredito em brasileiro sem erro de concordância.  
Vamos lá, deixe de lado os meu erros querida, ignore-os.
Ou confesse que os meus defeitos são minhas maiores virtudes.
Você diz que eu me acho, mal sabe que só me perco...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tempos Modernos

É o tempo passou... mudou muita coisa?
Meus heróis morreram de overdose
e meus inimigos ainda estão no poder.
Toda semana uma nova "sensação" na tv,
que já vendeu milhões de cópias e ganhou
disco de ouro, com uma musica que as pessoas
só sabem cantar o refrão automático quanto um jingle.
Um novo best-seller de auto-ajuda,
ou um livro para adolescentes em crise com
uma aventura mágica, uma garota que se sente
inferior, e um bonitão que despreza a beleza
superficial das outras garotas pra ficar com a
patinha feia.
Perdi alguma coisa?
Os mais velhos reclamando que os valores familiares estão
se perdendo e a juventude está perdida, ao mesmo tempo
em que lembram das vezes que fugiram de casa com o carro
do pai, ou namoraram escondidas da mãe.
E claro, os políticos que fazem parte disso mas assistem
á tudo como quem dá gargalhadas no circo.
Ainda somos os mesmo e vivemos como nossos pais?
Censuras, preconceitos, discriminações e outros vícios.
É tão difícil cada um cuidar da própia vida, ou não estar
nem aí se o Balta gosta de meninas, e o
Heitor curte fumar maconha nos fins de semana.
Eu ainda não vejo um novo começo de era...

Vou, Pra onde?

E eu achava que sabia o suficiente...
Incrível como não há nada mais alucinante e louco que viver.
Digo viver mesmo, conhecer o certo e o errado,
ou saber que são as consequências.
Alguns anos atrás implorava pra poder comprar um boneco novo,
hoje me vejo voltando da loja de conveniências com
uma carteira de cigarro no bolso.
Chorava por uma queda ralando o joelho no futebol da rua,
me vejo no espelho agora com marcas de arranhões nas costas,
causadas na noite anterior, do prazer de uma mulher,
namorada de um conhecido meu, a qual nem lembro o nome.
Como uma espécie de "Marvim", no 'auge' dos meus 19 anos
eu sinto o peso de um mundo distorcido em minhas costas.
E por que essa melancolia agora?
Era o que eu sonhava, ou pelo menos imaginava ao ver
aqueles filmes na tv, algo meio rock n' roll all night
and party every day, só que não parece mais tão
divertido quando perde a graça em seus clichês e
sonhos fabricados, onde quase nunca dá nada errado.
Me entorpeço, pra no dia seguinte só restar a dor de
cabeça e os olhos vermelhos.
Transar com pedaços de ilusões que nem sei como denominar,
e no dia seguinte a mesma lembrança da ex namorada que
deixei a muito tempo.
Qual um Cristo tenho me permitido os martírios, à espera
de uma ressurreição no terceiro dia, ou daqui à três anos.
Só preciso achar o caminho de volta, pois a estrada não
é mais segura, e talvez no fim das contas eu descubra,
que sou apenas eu, perseguindo à mim mesmo.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Paraíso no Inferno.

E é tudo tão passageiro que a gente se arrepende mesmo,
e só aprende quando foge da mira, o avesso de uma mentira.
E a gente que até idealizava  poder recorrer ora a uma musa,
que além de respirar simpatia devesse inspirar uma ousada poesia.
E a gente que até se informava o bastante que suportava
para aprender as manias das moçinhas,
não perdiamos há nenhum comentário das velinhas.
Nem acreditavamos que esse dia  poderia se firmar
com uma bela mulher, cada um canalha da gente fosse ficar.
Pois a condição aqui era acordar e pouco recordar da folia.
Depois ingressando numa outra tentativa
para florescer o sentido da vida.
Afinal isso aconteceu, outros ventos sopraram, por alguns anos teve seu apogeu,
mas na realidade depois novos tempos vieram, e com ele trouxeram
outras e tantas que sucederam aquele posto que pensei.
Pela sede do Diabo ou pela fartura de Deus
Por toda vida ser apenas eu.
O que realmente não sabiamos é que a sacanagem já havia
há tempos corrompido e comprometido nosso cérebro
Que nem mais conseguiamos mesmo se quissessemos
sair daquele inferno.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dias.

Ser um Dias não é somente um sobre-nome, e se expressa além de uma família.
Ser um Dias é sobre tudo um estado de espírito, um orgasmo, não um
daqueles que você coloca tudo pra fora e quase desmaia de cansado,
mas um orgasmo em que você olha pra dentro de sí mesmo e encontra
aquela certeza de motivação além dos limites, uma iberação total de endorfina.
Abraçamos a vida, nos renovamos e inovamos para sempre sermos
essa metamorfose ambulante, mas fiéis à aquilo que aprendemos.
Amamos a nós mesmos, mas não somos egocêntricos, amamos os outros
da mesma forma, se assim eles permitirem.
Sempre lutamos por nossas conquistas, com fé em Deus, mas não sendo
egoístas ou com preguiça esperando que ele resolva tudo.
Observamos o mundo com olhar crítico da realidade, ao mesmo tempo
fazemos dele o nosso parque de diversões.
Algumas vezes nos achando, outras vezes nos perdendo, sempre vivendo,
pois percebemos que esta é a melhor maneira de agradecer pela vida que
nos foi concedida.
Religiosos não por viver na igreja e sim praticando o bem, sem regras baseadas
em preconceitos tolos de humanos com pensamentos limitados, nem procurando
distorcer palavras sagradas em benefício próprio.
Caminhamos com nossas pernas e elas nos levam a onde queremos estar.
Não vamos de contra ao mundo, separar as coisas não leva a nada
quando se busca a união.
Nos entregamos não por ceder, mas para revolucionar, ouvindo à tudo,
pois achar que sabe de tudo não é glória alguma, é medíocridade.
Sem hipocresia, chorar quando sentir vontade e rir quando quiser rir,
mas não viver sempre da mesma maneira, porque o tédio é para quem quer.
De tudo somos um pouco, fazemos para cada vez nos sentirmos mais completos.
Ser um Dias é sonhar e viver, e também viver um sonho.

Mais uma conversa... (Nirvana)

O dia se vai enquanto continuo dormindo, as vezes me incomoda pensar sobre,
 mas então deixo que se vá, dessa forma começo acostumar com o desapego.
Não é porque um navio está afundando que eu tenho que me agarra ao mastro e
naufragar junto, posso me jogar no mar e sair nadando.
É bom aproveitar aquilo que se gosta ao máximo, mas sabendo que se a vida é
breve demais, imagine os seus componentes.
Então na madrugada surge uma nova conversa ao celular, do jogo de fetebol
ao sentido da vida.
O amor deixado pra trás, o que vêm pela frente, o atacante que preste faltando
na seleção brasileira... Em fim um conclusão estúpida, orgulho, carência, atenção,
em resumo alguns dos componentes do super-ego das mulheres em questão.
Quando decidimos olhar para o real problema percebemos que na verdade está
tudo em nossas cabeças, esse trágico conto-de-fadas que ironicamente nos fizemos acreditar.
De repente um conselho em forma de afirmação de uma terceira pessoa, pertencente ao
gênero em discurção: "Quem acredita em mulher, acredita em papai noel também".
E percebemos que acabamos por nos tornar inimígos de quem mais queríamos como
aliádos. O problema é quando o seu inimigo já foi seu maior aliado, sabendo assim todos
seus pontos fortes e principalmentes suas fraquezas, daí um grande perigo com apenas
duas letras: Ex.
Ex namoradas, quando não realmente ex, e o pior furiozas, são algo preocupante demais.
Mas Balta e eu concordamos com o velho sábio Machado de Assis que já dizia:
"[...]Pois, senhor, não consegui recompor nem o que foi, nem o que fui. [...]
Se só me faltassem os outros,vá, um homem consola-se mais ou menos da pessoas
que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo".
A nossa cura ou nosso veneno está em nossas cabeças, concluímos, agora é mais uma noite
acordado para uma manhã mal dormida, e que venha o dia seguinte.

Férias de mim.

Peguei a estrada, tava de saco-cheio dessa casa, de cada móvel no lugar,
os mesmos quadros, os mesmos livros, as mesmas músicas, objetos,
tudo como sempre foi e exatamente no mesmo lugar.
O tédio da calma que essa casa me traz, tudo onde deveria estar,
onde eu quis que estivesse.
Na tv as mesmas notícias, tragédias à venda, risos breves, promessas fantasiosas,
mais um fim do mundo premedidato.
No rádio a mesma companhia ausente, as coisas que eu não quero ouvir,
o jogo que não me importa.
Na internet viajar, conhecer, descobrir, desvendar, divertir, se relacionar
sentado na mesma velha cadeira sozinho no quarto.
Cansei de pensar sobre a vida, de falar de amor, beber coca-cola, jogar video-game,
me masturbar, decidi pegar a estrada.
Essa não é uma carta de despedida, aqui não é o meu lugar, não me limitarei à
quatro paredes mal pintadas e um colchão macio.
Quero ir atrás do que me agrada, e das coisas que nem gosto, encontrar um lugar legal
ou que eu nunca mais queira voltar, talvez eu queira me encontrar ou nem me reconhecer,
me machucar ou me curar, achar a pessoa certa ou me perder com as erradas.
Se não achar o caminho de volta, se no fim das contas não der em nada, não importa,
o que não vale à pena pra mim é ficar contando carneirinhos pra tentar dormir.
Essa não é uma carta de despedida, eu só peguei a minha estrada, vou esquecer
ou lembrar, mas sobre tudo viver.

Quebra-Cabeças.

A volta, sempre uma sensação de "bem-vindo" novamente,
ou a ansiosidade de estarem à sua espera, para abraçar forte e dizer que
estava com saudades, ou simplesmente sentiu sua falta.
Ir à um lugar que você odeia e tentar convencer a todos, inclusive você mesmo,
que tudo o que dizem ser bobagem e mentira é a sua maior verdade, deve ser
uma grande prova de amor próprio.
Com esperança na cabeça e o coração na mão, acreditar que depois de várias
derrotas surge algo novo, um novo passo, pois aquilo que não nos mata
deveria nos fortalecer. Por vezes me vejo cansado de tentar e sempre obter os
mesmo resultados, como se não importasse o esforço. Mudar o mundo não
é impossível, mas também não parece possível, esses dilemas rondam a cabeça
de quem quer algo de bom no meio desse caos. Já dizia Carlos Drumound de Andrade:
"O maior sentimento do mundo", ele seria capaz de mudá-lo ou destruí-lo de vez, mas
não é o amor, e sim a necessidade.
O precisar demais de algo acaba por nos trazer um sofrimento imediato, nisso a gramática
me prova, pois quem precisa, precisa de algo ou de alguém.
A busca por uma peça que se encaixe nos traz frustações, que poderiam ser evitadas,
se a peça se entregasse por vontade própria, mas sem esforço não haveria tamanha
satisfação na conquista.
Mas a volta, após uma batalha que não há vencedor, me trouxe esses pensamentos como
um consolo, uma esperança para uma nova tentativa, e uma triseza por nada realmente ter
mudado. Chega de lamentar, sempre haverá um novo pôr-do-sol no dia seguinte.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Palavras ao vento...

Sabe aquelas coisas que você precisa falar, mas de alguma forma
soam estranhas quando ditas?
Coisas que eu gostaria de falar, mas não soube como...

Madrugada em claro.

Madrugada, faz com que me perca mais uma vez em pensamentos incontroláveis.
Algumas lembranças de momentos que fazem com que eu queira voltar no tempo...
"Acho que a única razão de sermos tão apegados em memórias,
é que elas não mudam, mesmo que as pessoas tenham mudado."¹

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nothing man.

E ele vaga por ruas vazias, frio e calmo, indiferente a tudo.
Ar de alguém perigoso, não por querer algo, mas pelo fato
de não ter nada a perder, isso sim, vai além.
Com seu rosto coberto, como quem esconde muitas coisas.
Pecados cometidos, promessas quebradas, desejos não realizados.
Quem seria tão inexistente assim, tão dispensável?
Nem lágrimas ou sorrisos, não ri e nem chora.
Anda devagar, de cabeça para o chão, parece cansado para tudo.
Tudo já foi divido, não há mais nada para subtrair.O presente nada mais é que o reflexo do seu passado,
e o futuro uma ilusão desiludida.
Disse que já havia contado várias histórias, mas ninguém acreditara.
Por isso não valia mais a pena abrir a boca, o seu silêncio respondia.
Mesmo quando dizia estar preso, todos o chamavam de louco, pois ele estava
ali, no meio da rua, exposto a tudo.
Ele só quer esquecer tudo o que vê, sua dor é está destinado a se lembrar
ao ver qualquer coisa, por mais boba que seja.
Só parece longe demais, longe de qualquer lugar que ele não queira ir.
Carrega algumas velhas fotos, que nem sequer olha, não precisa mais.
Uma vida passada, tudo tão diferente.
Parado estático, não quer cometer mais erros, e por que?
Impossível não cometer erros, ele está sendo idiota novamente.
Pior do que não conseguir fazer algo, é a falta de motivação. 
Nós temos a noite toda para sermos felizes, apenas sinta o ar.
Depois de tanto tempo não existe sentido para mentir, nada mais importa.
Nem sei se será pra sempre, mas nada mudou até hoje.
Não importa o quanto ande, sempre estará perdido assim, dentro de sí mesmo.
Seja lá o que o trouxe até aqui, valeu a pena?

Segunda Pessoa.

E chegou o grande dia, quando você resolveu acordar.
Você acabou com esse maldito conto de fadas que me fez acreditar.
E por que quando eu quis partir você me trouxe de volta?
Para partir e me deixar só novamente, completamente só.
E agora tenho que trilhar meus própios passos, sem direção.
Afinal o que você achava que iria acontecer?
Você me disse para seguir em frente, e ficou para trás.
Está se movendo rápido demais para mim, não consigo acompanhar você.
Talvez se você diminuisse o passo pra mim eu pudesse ver,
que você só está dizendo mentiras, mentiras, mentiras...
Nos separando com suas mentiras, contos, lendas, nada mais.
Quando você vai aprender?
Agora já não há mais nada a temer, pois Ele está comigo.
Perfeito, puro, simplesmente me deu o que ninguém poderia me dar.
A paz que você robou de mim.
E ainda achou que eu iria voltar pra isso, a esse seu caos?
Eu não posso fazer isso comigo mesma, não mereço.
Nem lua ou sol, tudo simplesmente se foi, nada mais me abala.
Não que esteja triste ou alegre, simplesmente não sinto mais nada.
Eu nem ao menos sei se te verei de novo afinal.
Isso pelo menos é uma opção que ainda temos?
Tudo se foi, e não sei para onde, era uma vez...
Tudo se arruma se você deixar acontecer.
Eu fui de alguma forma, porque era isso que você esperava.
Eu vou de alguma forma porque estou recebendo uma mensagem do Senhor.
Estou mais perto de mim, e de qualquer lugar, do que jamais estive.
Você tem o direito de sonhar, mas não me faça mais dormir.
Só espero que você possa caminhar dessa vez, com sua próprias pernas e dizer :
E chegou o grande dia, quando você resolveu acordar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Primeira Pessoa.

Não posso esperar para sempre, você disse , nós pensamos.

Antes de se levantar, olhou-me nos olhos, e me disse para ir embora.
Você não vai me desapontar dessa vez, infelizmente...
Posso fazer isso sozinho, eu preciso ir, deixar disso.
Mas estou feliz que você tenha vindo até mim, por nos falarmos.
E agora, se não se importa...
Vá, vá e liberte-se ao mesmo tempo.
Eu não entendo, parece tão distante dessa vez, e você já se foi.
E eu espero que se sinta melhor agora que está fora.
O que te levou para tão longe da nossa realidade?
A verdade tinha o hábito de sair de sua boca, mas é difícil para que eu
assimile dessa vez, talvez porque eu não queira acreditar.
Mas agora que isso veio vejo que ainda estou perdido.
Se não se importa
Vá, vá e agrade a si mesma ao mesmo tempo.
Vá, vá para o seu real mundo, tão distante desse meu planeta condenado.
Nada disso nos importa mais, eu sei o quanto você está bem.
Só fiz lhe tirar do céu e jogar na terra, não quero corrompe-la.
Estou sobrevivendo, rezando para voltar a viver novamente.
Onde eu estava quando te encontrei, nas nuvens ou no asfalto?
As vezes fecho os olhos para tentar achar outra vez o lugar.
Não importa onde vá, não posso fugir de mim mesmo.
E isso está aqui, batendo cada vez mais forte, insuportável.
Se não se importa
Vá, vá e sorria para todos.
Vá, vá diga que nunca esteve tão feliz.
Minha cabeça está me traindo com você, quando durmo.
O que não sei fazer é parar com isso, quando eu lhe disse adeus.
Como foi? O que você fez para curar essa doença?
Acontece naturalmente ou há uma forma de se livrar?
Talvez um dia acordar e você terá ido definitivamente.
Me pergunto quanto tempo isso irá permanecer sobre mim, dentro de mim.
Não posso esperar para sempre, você disse , nós pensamos.

Terceira Pessoa

Todos nós temos nosso calcanhar de aquiles, o ponto fraco.
Por mais forte que tentamos parecer, no fundo algo nos afeta em cheio.
É verdade que somos feito de carne, e temos que viver como se fôssemos de ferro.
Alguns remediam isso com o lado espiritual, outros com o lado carnal.
Cada um a sua maneira, uns bebem para esquecer outros para lembrar.
Ele buscava ambos, como se podesse sorrir em meio a desgraça.
Se escondia em mistérios subentendidos e risos fáceis.
Enquanto o próximo copo surgia mais convidativo que o anterior.
Acendia um cigarro, como se a fumaça fosse levar embora sua dor.
Sóbrio, cada lembrança era um golpe de navalha, ele só deixava sangrar.
Entorpecido, era como ler um drama, que ironicamente era parecido com sua vida.
Embriagado não precisava fugir de nada, aceitava, ria e chorava, e depois passava.
Era como se tudo ficasse mais romantico e menos autodestrutivo.
Fechar os olhos era mais fácil, e era isso que ele buscava naquele bar, um descanço.
Domingo ir a igreja para ouvir umas palavras de conforto, e então pensar que
alguém sofreu mais que ele, para mostrá-lo que nada vem sem esforço algum.
Esse pensamento rondava sua cabeça, de repente sua dor era insignificante.
Até vir a segunda-feira, e sua rotina voltar a massacrá-lo ferozmente.
Em meio a suor e esforço, aquele sorriso vinha em sua mente, mais uma vez ele
fraquejava, e sentia um peso no peito, o peso de não poder suportar isso.
Não era uma simples questão, nem uma questão de vida ou morte, isso era
complicado demais para se encaixar em qualquer quesito.
Dilemas como a mente e o corpo, o divino e o humano, o "certo" e o "errado".
Ele não sabia o que fazer, e essa impotência era que o findava.
Jurava para sí mesmo que se soubesse como, já o teria feito sem refutar.
Precisava aliviar sua dor, então qualquer corpo feminino sem rosto era bem-vindo,
só alguém que substituísse o cigarro, a bebida ou o sermão do padre na sua cabeça,
nada mais, usava e era usado, para uma perspicaz amnésia.
Sabia que esquecer era difícil demais, quase dois anos de tentativas frustadas.
Sua mágoa era perceber que sentia falta até do que jurava não gostar, tudo faltava.
Observava o mar, onda por onda a bater na areia, o tempo passava dessa forma.
Ela havia passado dessa forma, como uma onda, que agora se transformou em um
rio cheio de correnteza, quase impossível de se mergulhar.
Achou que isso deveria ser o tal amor, do qual ouvia muito se falar.
E isso só piorava as coisas para ele, que nessa altura chegou a pensar:
"A diferença entre gostar, estar apaixonado e amar, é a mesma diferença entre
agora, por enquanto e para sempre."
Todos nós temos nosso calcanhar de aquiles, o ponto fraco.

terça-feira, 7 de junho de 2011

As pedras da Babilônia.

Bem é verdade, não sei onde estou indo.
Mas sei que sigo em meu caminho...
Enquanto você me critíca, com análizes, observações idiotas
e piadas infâmes, eu continuo no meu próprio caminho.
De que vale seus pensamentos que não se refletem em ações?
Observar o outro e julgar cada passo, enquanto você está ai parado,
deve ser isso, porque você está parado.
Se quiser caminhar, olhe pro chão e não tropece em pedras bobas,
olhe pra frente, à sua frente e pare de olhar só para os lado.
Não tente me seguir, meu caminho não é certo, por vezes me perco.
Mas a diferença está em querer chegar, por trilhas falsas ou caminhos prontos
você só está tão perdido quanto julga que estou.
Em nossa selva, cada suspiro chama a atenção dos animais, loucos para
nos atacar, mas fique tranquilo, eu não me darei por vencido antes da batalha.
Eu só quero chegar no meu destino, se você só está aqui para colocar mais
uma pedra no meu caminho, por favor não perca seu tempo.
Eu estarei prestando atenção, por mais que eu tropece, a certeza de que
preciso me levantar já está em minha cabeça, antes mesmo de você tentar isso.
Como você vai chegar à algum lugar, o saco de pedras torna tudo mais pesado,
e a preocupação em colocá-las no caminho dos outros faz você perder mais
tempo, que já é curto e imprevisto, nunca se sabe se chegaremos onde queremos.
Deixe-me com as pedras naturais que já estão à minha frente, e preocupe-se
com o seu caminho, por favor, é um favor que você faz para mim e para você mesmo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O ultimo romântico.

Os lugares por onde andei, os caminhos que trilhei,
São maiores que a distância entre seus olhos.
Mesmo assim insisto em permanecer nesse meio espaço.
E por que? o que faz com que me perca nesse lugar?
Minha vida nunca teve fronteiras, nunca me ative à um lugar.
Os muros nunca me separaram ou me impediram de chegar,
onde quer que eu queira ir, eu vou, sem medo.
Mas minha liberdade tem me prendido, quando não quero ser livre.
Estou sob holofotes, que não quero, queria estar em um canto qualquer.
Queria apenas estar em um canto qualquer com você.
Eu cansei disso, eu falei demais, mas ainda não é o suficiente.
Eu sei, eu quero, mas não consigo compreender.
Como uma alma livre assim pode se ater de repente.
Ela quer estar fora do corpo assim, teimosa como fui.
Eu te vejo assim, linda, nua e um pouco tímida,
então ficamos minha alma e eu, tentando entender,
como o espírito entra nessa história, afinal de contas,
o amor é tão carnal, tão humano.
Nessas horas eu sinto que minha religião de nada vale,
quando adoro alguém tão imperfeito em suas qualidades divinas.
Eu pensei ter ouvido você rindo, sinal de quê ainda há algo de bom.
Eu queria saber, se eu posso ainda te fazer rir assim, por que parece
tão difícil ficarmos juntos?
Escolho algumas confissões, todas parecem tolas demais, demais...
Você não entenderia, e quem iria entender, que um homem que vê tudo,
pode ficar cego e perdido, mesmo estando em casa?
Engraçado como você nem existe, não foi um sonho, foi real.
Mas você foi só uma fantasia, que se vestiu, e nosso carnaval passou.
Agora eu nem te reconheço fora da minha cabeça.
Como o mais fiel cristão eu espero a sua volta, sua redenção.
Apesar de perder a cada dia mais a minha fé, em algum lugar,
existe aquele silêncio que percebia em seus olhos.
Eu cansei disso, eu falei demais, mas ainda não é o suficiente.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Drama.

Vem, faça de mim seu saco de pancada.
Bata em mim até sua mão não aguentar mais.
Até você cansar e achar isso entediante.
Eu só fico aqui parado esperando você ver o sangue em suas mãos.
Perdi meus dentes, mal consigo expressar minha dor.
E de que adiantaria, você me prefere sorrindo.
Ou de cabelo curto, ou de blusa pólo, ou sóbrio.
Eu preciso estar bonito para apanhar novamente.
Minhas lágrimas são só uma bobagem sentimental.
Meu suor é falta de algo melhor pra fazer.
Você não pediu por isso, então por que se importaria.
Você está ótima, como não estaria?
Eu, disfarço e digo que nunca estive tão bem.
É preciso, é melhor assim, sempre é melhor fingir.
As aparências enganam, por isso são essenciais.
Façamos uso dessa arte sarcástica para melhor vivermos em sociedade.
Não, não tenha pena, eu cansei de ficar aqui parado e quieto.
Não irei ocupar o seu lugar pode ficar tranquila.
Vou sair, tomar um café enquanto as pílulas não chegam.
Só preciso de uma boa noite de sono, o que tem sido raro.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Breve Desvio

E tudo de volta, o ponto se fim me encontra navamente.
Não existe desculpas para quem erra sabendo que está errado.
Palavras podem ser esquecidas, presenças nem sempre notadas,
mas para fatos sempre há provas, seguimos cada um nosso próprio caminho.
Mas isso não quer dizer que estamos sozinhos, em algum momento
entramos no caminho de outra pessoa, e essa outra pessoa entra no nosso.
As vezes é vir só para fazer com que a gente se perca em um breve desvio.
Uma hora tudo está claro com o dia, em outra a noite vem, e não vejo
mais nada, e sigo tropeçando em cada pedra.
Nos tornamos carrosséis que giram em sentidos opostos, novamente.
Realmente por mais bela que pareça a flor ela têm seus espinhos, provocar tolos
que não conseguem segurar a vontade de toca-la acabam por se machucar.
E não adianta procurar uma saída, nesse caminho sem fim, você anuncia sua saída.
Nem precisa, você não sabe como falar, eu não sei como ouvir.
O silêncio das ruas vazias é mais verdadeiro que o barulho do que não se vê.
Mas entender sempre é necessário, e o melhor a ser feito.
Uma coisa é achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho
é o único e melhor a ser seguido, nada está 100% certo.
Engraçado, como não pregar um desapego, quando tudo a que você tenta se prender
acaba se soltando de você.
Em vão pessoas tentam se desculpar, mas na verdade explicar é bem melhor.
Tentar evitar a luz com óculos escuros pode diminuir sua intensidade, não muda o sol.
Você sente a pele queimar, o ardor de ter se exposto.
Pessoas passam em nossas vidas, mas as vezes estão na contra mão
e tentamos para-las, mas no final, acaba que seguem seu caminho.
As vezes parece coisa de ficção, mas vilões existem como foi dito.
E somos eu e você...

Fim de semana em Ourém.

Ao longe ouço o próprio eco da minha voz.
As vezes falo coisas que queria ouvir de outras bocas.
Mas esperar acaba por me deixar de saco cheio.
Esperança de que um dia o céu se abra e tudo mude, não mais.
Pego minha mochila e vou ao encontro de quem eu quero ser.
Guitarras e pessoas que também criam esperanças.
Inspirações em cima de erros fazem as letras dessa nova melodia.
Longe de casa eu me sinto no meu ambiente.
Não o suficiente, não o necessário, dessa vez é o que quero.
Errado é  seu ponto de vista sobre o que não sabe ao certo.
Não estou preso a isso, eu fui porque realmente quero.
Busco isso a muito tempo, não veio do nada.
Não estou me renovando ou inovando, estou sendo eu mesmo.
As árvores e a fumaça como testemunhas à beira do rio.
Em cima do palco tudo parecia no lugar certo e na hora certa.
Olhando pra rostos que nem conseguiria lembrar, mas ali estávamos unidos.
Sem Deus nem diabo, sem certo ou errado, celebrando nossa humanidade.
O simples fato de estarmos vivos e vivendo, querendo sempre mais.
A contra-rotina venceu, e agora seguimos em frente com novas pessoas.
Não há muro que nos prenda quando queremos ser livres.
Minha cabeça ainda está no passado, o que seria uma questão de tempo.
Esse tempo me consome, mas ele há de passar.
O relógio pode parar, o tempo não.
Meu coração é apenas um tosco relógio quebrado.
Por isso sigo com a vida, minha vida, só minha.
Gosto de estar só, ainda bem que nada é sempre como a gente gosta.
Minha história é escrita por mim, mas não fala só de mim.
Não me vejo como seu personagem principal.
Mas tudo faz parte, tudo que sinto, vejo, ouço e respiro.
Caminhando, cantando, sem seguir nenhuma canção.
Meus olhos me mostram o meu caminho, sou fiel a eles.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A casa dos meus sonhos.

Sentado na velha cadeira, repouso para uma estúpida reflexão.
Cada vez que abraço a solidão me sinto mais próximo de mim.
Começo a deixar de lado os sentidos, e me entorpeço com meias-verdades.
Breves momentos de fuga sem direção, mas querendo chegar à algum lugar.
Procuro limpar a mente ao mesmo tempo que poluo os pulmões.
O relógio tenta me enganar, mas sei que tudo está parado.
E não adianta tentar me convencer que tudo está mudando comigo sentado aqui.
Acho que começo a descobrir como as coisas serão amanhã.
Não sou um vidente, mas entendo que tudo depende de hoje.
Meu travesseiro de pedra me fez perceber que as coisas estavam fora de lugar.
De alguma forma eu tinha que sair de mim para poder explicar.
Busquei um modo de acesso ao vento fechando os olhos.
Não há mais nada aqui, só uma peça longe de seu quebra-cabeça.
O espelho do banheiro reflete a visão mórbida do que muito já viu.
As marcas que naquele dia estavam manchando as paredes hoje são só lembranças.
Nada como algumas reformas nos lugares certos para dar um novo aspecto.
Não adianta fechar as portas, trancado no quarto não há para onde ir.
O armário é o refúgio dos espertos que escondem-se da própria inconsciência.
A janela é só uma ilusão de que se pode ver o que tem de fora.
É preciso realmente abrir as portas e sair do lado de dentro,
para possuir as coisas que se vê por ai, para dentro de sua casa.
Trazendo a sensação de que o mundo todo cabe aqui dentro.
"As ruas são campos que nunca morrem.
Liberte-me das rozões porque você prefere chorar, eu prefiro voar."¹

¹Jim Morrison (The Doors) - The Crystal Ship

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A vida como ela (não) é.

Carrego o fardo de ser um imoral-subversivo-antisocial.
Mas quer saber, a sociedade... ah que se foda a sociedade.
Sempre que queremos nos safar de olhar nossos próprios podres generalizamos.
Muitos dizem: "ah mas nem todos são assim". Talvez tenham razão, talvez...
Costumo generalizar coisas das quais nunca vi o contrário, o que deve ser um erro.
Tenho a vocação de um político bem sucedido, fazer de toda solução um novo problema.
Assim sempre volto à tona, tentando salvar a mim mesmo, sendo meu herói.
A graça disso está no simples fato de nada ser sempre da mesma forma.
Seja mudando de opinião, hábitos, ou até mesmo um corte de cabelo.
Mas sigo minha linha, sempre sou eu comigo mesmo no fim das contas.
Alguém que não deseja viver muito se isso significar deixar de lado as coisas
pelas quais eu gosto de estar vivo, que faz valer a pena estar vivo.
Faço parte da oposição, me oponho a quem quer que esteja à minha frente.
Não sou adepto de ideais, a não ser o meu próprio, que conheço e confio.
Isso talvez seja egoísta, mas quem se importa?
Até jesus se aparecer hoje em dia, quem iria acreditar sem provas?
Sim, por muitas vezes acho um saco ser eu mesmo.
Assim sem graça, descrente de tudo e sem muita fé.
Talvez se eu fosse bonito e andasse na moda as coisas fossem mais alegres.
Mas eu me divirto, até mais do que deveria, mas não há dever para mim.
Minhas regras eu mesmo faço, com base nas minha própias experiências, e
quer saber? acho que assim é mais eficaz que obdecer à regras impostas.
Sem tanta organização, sem muitos planejamentos, e qual o sentido de
passar tanto tempo elaborando algo, se sabemos que nada acontece
da maneira como gostaríamos? improviso por questão de sobrevivência.
Um sábio disse uma vez: "Se você quiser fazer Deus rir, conte a Ele os seus planos."¹
Senso de humor, ou você tem, ou você morre antes de morrer.


¹Allan Stewart Konigsberg (Woody Allen)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

S/E .

Acordei com o som da chuva, como um despertador natural.
Estranhamente é um som que me acalma, me faz não querer levantar.
Talvez seja uma desculpa que tento auto-impor, como de costume.
Ás vezes minhas lamentações e angústia deixam parecer que sou misógino.
Mas é bobagem, isso poderia ser uma carta, S/E.
Na verdade, é essa sensação de "coração partido" que faz a gente ficar desse jeito.
A primeira palavra que surge numa tentativa para traduzir é desilusão.
Mas não, isso é desculpa, como bulliyng para matar alguém.
Não seria justo criar um vilão, apesar de ser uma tendência, não sou um herói.
Numa forma pueril, seria algo como ela ter a faca e o queijo na mão.
É isso, entregamos a faca e o queijo na mão dessas pessoas.
E quem são essas pessoas? esses estranhos?
Quando vêm assim, fazemos coisas loucas em nome delas.
Na verdade estamos todos perdidos nisso.
Procurando o amor em uma cidade que não despeje um monte de valores,
regras e normas em cima de nós, deles e delas.
Parece claro que está tudo errado, eles e nós.
Estamos errados, não esperamos o tempo certo, e o tempo parece nunca vir
em nosso favor, como se tudo estivesse fora de lugar.
O que há pra se adaptar a tudo é uma desculpa, como a chuva que não me deixa
levantar, como não deixa eu sair de casa, como torna tudo tão dramático.
Se existe vontade, sim, mas e a motivação, está em mim?
Os dias passando, intermináveis, torturantes.
Sua lealdade não é a mim, mas para as estrelas nesse céu desenhado.
É, a nossa fé tem nos afastado, nossa fé em nada, que juramos ser tudo.
Incapazes de perdoar nossos egos.
Selecionar sem escolher, assim nenhum estranho se intromete.
Mas o coração como um oceano, misterioso e escuro.
Tudo por que um dia estávamos voando, e a gravidade nos puxou.
Arrebentamos a cara, e estamos incapazes de acreditar nisso.
É engraçado, no fim somos todos descrentes de alguma forma.
Antes viveria por um beijo e morreria por um sorriso.
Agora sente falta de um abraço, um filme e uma pipoca.
A saudade é o preço que se paga por esses momentos bons.
E nas horas de fúria "o quão idiota eu fui..."
A liberdade não é  fazer as coisas como se quer e quando quer.
Liberdade para fazer e acontecer as coisas do seu jeito.
Impossível,  quase nunca depende unicamente da vontade pessoal.
Mas fazer as coisas do seu jeito é uma forma de não ter dor de consciência.
E isso eu tentei, sem dor na consciência, alguns arrependimentos ainda.
Eu não quero competir, ganhar ou perder, ou prevalecer sobre tudo isso.
Só quero a paz, para e mim e para você, talvez nós dois...

terça-feira, 17 de maio de 2011

The dark side of the moon.

                                                

  ...Ninguém se torna o que é do nada, acorda assim...
        As coisas não caem do céu, e tudo se tornam num passe de mágica.
        É difícil perceber algo em uma pessoa que não damos a mínima.
Se ela for um "anônimo", tal qual somos.
  Cada vez vale mais o seu "status", e o que é? estar na Tv?
      Um cara que se acha foda por ter transado com 100 mulheres na vida?
    Dizem que quando a gente morre a vida passa como um flash diante dos olhos.
  Ninguém conseguiria pensar em 100 mulheres nesse curto tempo.
Sempre deve ter a singular, a única ou pelo menos "aquela".
     De tudo há sempre algo, digamos, favorito, marcante, diferenciado.
    Em toda época da vida damos atenção a algo ou alguém que se destaca. 
Algo que nos sustenta geralmente, que torna leve o fardo.
Uma música, uma pessoa, um lugar, uma garota...
Só que poucos entendem isso no outro.
Acham que é algo ínfimo ao seu julgamento, mas e se para nós importa?
O gosto pessoal não tem relevância? para mim importa, mesmo que para você não.
Só porque não é algo que vá contribuir para a paz mundial, mas é algo por mim.
Não sei dizer quando, mas em algum momento aquilo fez a diferença.
Antes alguém tivesse dito, é mais fácil perceber quando nos falam.
O problema é quando nos acostumamos com isso, esperamos nos mostrarem.
Aquela pessoa que se torna o que é, pelas coisas que percebeu.
A lua tem seu lado escuro, mas só a vêmos quando o sol brilha sobre ela.
Vai ver o segredo está em ver o lado escuro da lua.
"there is no dark side of the moon really… matter of fact it is all dark."¹


¹frase final no album The Dark Side of the Moon - Pink Floyd (1973)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Raise, Raise.

É mais difícil do que parece.
Viver por sí própio, mas vivemos ou deixamos de viver
em função dos outros.
Quer saber, isso não é justo.
Ou miramos na lua, ou morremos a dois quilômetros de casa.
Qual a graça de evitar tudo, ou causar tudo?
Parei de achar a vida como uma droga de jogo de xadrez.
A nossa capacidade de colocar dificuldade em tudo é que faz isso.
Como caminhando em um campo minado, cada passo pode ser fatal.
Qual a graça de ficar vegetando por medo de correr?
Fiéis a nossa causa, passivos ou ativos.
Nos perdemos em coisas simples, perdemos a beleza por não saber vê-la.
Não quer ler o livro, só quer saber o que críticos falam sobre ele.
Valorizamos quem nos fala, quando deveríamos valorizar quem nos prova.
De maneira agradável ou não, cada um demonstra de forma diferente.
Morrer, pior é deixar de viver, seria melhor estar morto á não se permitir viver.
É pela suas pegadas no chão, suas marcas que os outros irão reconhecer.
Então seja apenas você mesmo, para que saibam que aqui você esteve.
É mais fácil mudarmos a nós mesmo, que querer mudar outra pessoa.
Combater alguém é perca de tempo, nada feito com raiva sai bem.
Esperar menos, não significa descrer, antes se surpreender do que se decepcionar.
Aprendi que se eu caio, é pro meu bem, eu não estava tão seguro quanto achava.
E que se me derrubam, é porque eu preciso aprender a me levantar sozinho.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Até quando?

Quando queríamos rir nós choramos.
Quando podíamos nos libertar e nos prendemos.
Quando começamos a gostar e acabamos nos viciando.
Quando queriam nos conter e entramos em êxtase
Quando deveríamos falar a verdade e mentimos.
Quando no acalmam e entramos em desespero.
Quando era para lutar e nós fugimos.
Quando podia parar continuou, quando continuou o pararam.
Cada erro deveria ser tratado como cada acerto,
ambos fazem de você o que você é, e quem irá ser.
Liberte-se de você mesmo, e sua mediocridade.
Tire essa máscara, ou esse semblante de derrota,
honre cada pessoa que algum dia acreditou em você,
se niguém acreditou surpreenda a todos.
Não se prive, se prove, faça seu própio sabor.
Embriague quem venha degustar de você.
O sarcasmo é a virtude dos desenganados,
ou você faz algo, ou ri do que está errado.
Você se acha errado? ria de você mesmo então.
Não se esconda em desculpas, não seja ridículo.
Niguém será nosso pior inimigo do que nós mesmos.
Auto-destruição é mais comum do que se imagina.
Quando você vai parar de apenas seguir normas?
Quando prestar atenção, ou simplesmente fechar os olhos?
Quando parar de ficar esperando e correr atrás?
Quando deixar pra lá o que passou e seguir em frente?
Quando perceber que o futuro se molda no presente?
O avião já partiu, o tempo não espera por ninguém.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Efeito.

Eu achava que seria diferente, mas vejo que não sou.
Tentei, mas em algum momento você volta aquilo que conhece.
Parece impossível fugir, fazer coisas por sí só, quando você só
fala, pensa e faz aquilo que você foi mostrado e ensinado.
Como um cão sendo adestrado, até fugir de casa, e perceber
que de primeiro suas atitudes são a mesmas, o lugar é diferente.
E sinto muito por isso.
Como posso ser eu mesmo, se nada vêm de mim
que não tenha vindo de outros?
As idéias, as opiniões, as análises...
Tudo influências, e coisas que julguei serem minhas, mas não são.
Vejo que o sentido está em filtrar aquilo que se absorve.
O que me acalma, poderia causar também a minha morte.
Coisas que me agradam acabam por tornaren-se um vício.
Como controlar tudo que chega até mim?
Não é o que eu acho, é o que os outros acham.
Transar, fumar, beber, dógmas, leis, moral, ética...
O homem é um ser sociável, e como tantos odeiam isso?
Quantos não queriam ter sua liberdade, e ás vezes é preciso fugir.
Tendo que suportar tudo, quando nada o faz sentir o "bem-estar".
Na verdade eu sou a causa e a solução dos meus problemas.
E nada vem ou vai sem as devidas consequências.
Os garotos se tornam homens, os homens maridos, os maridos em pais,
e tentamos fazer o melhor que podemos.

Fotógrafos

Para muitos a vida passa como um flash.
Um piscar de olhos em meio a uma paisagem bonita.
Um piscar de olhos e nada está como estava...
Outros tentam eternizar aquele momento.
A ilusão da fotografia que faz lembrar aquele dia.
Mas não é mais como aquele dia.
Pessoas que vivem presas a um passado, a um momento.
Ou então esperando uma revelação.
Algumas ocupadas demais tirando fotogafias de sí mesmas, no espelho.
Procurando o melhor ângulo, a melhor forma.
Qual o sentido de viver preso aquilo?
É preciso uma prova de que aquilo aconteceu com você?
Chegamos em um ponto que não acreditamos nem em nós mesmos...
Se for importante realmente, a imagem nunca sairá de nossas cabeças.
Não importa, até mesmo que contra nossa vontade ela estará lá...
Boas ou até mesmo más, lembranças vivas na memória.
Mas embora não se pode mudar o passado,
mudamos constantemente a maneira como o interpretamos.
Lembranças, boas ou más, são só lembranças...
O albúm nunca deve parar, a memória nunca se está cheia.
Novas revelações estão por vir, depende só do fotógrafo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fiel a nós mesmos.

Você se sente perdido?
Como com tantas coisas em sua volta?
Tantas ruas pra ir e tantas pessoas para conhecer?
Esse seu desenteresse pela vida é que tem tornado tudo tão difícil.
Esse medo de sofrer... Isso que tem lhe impedido de ir à luta.
* "Na luta selvagem pela existência, queremos ter algo que dure 
e por isso enchemos as nossas mentes de entulho e fatos, 
na esperança vã de mantermos o nosso estatuto."
Será que felizes são aqueles homens que vivem em mosteiros,
longe do mundo 'civilizado', isolados?
E por quê? o que faz eles estarem em paz, pensarem só no bem mútuo?
Se maravilharem com o barulho do vento ao ouvido, e a beleza dos campos?
Bem, eu não conseguiria. Acharia isso tudo um tédio, por já estar acostumado
a essa agitação, esse caos, essa poluição...
Pra mim as pessoas são felizes quando elas decidem realmente ser, e param de
ficar tentando, achando, procurando.
Na verdade nunca muda, se você não a enfrenta, o retrocesso te mata aos poucos.
Algumas pessoas costumam me achar otimista demais, mas não.
O que eu falo, é o que todo mundo pode ter, basta querer.
Um copo de café, alguém pra conversar, uma música pra ouvir...
Encontrar a pessoa ideal é muito difícil, mas procurar é muito bom.
Ficar ai se matanto por conquistas faraônicas toda hora...
Percebi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.
Sermos fiéis a nós mesmos, sermos nós mesmos.
O segredo da paz mundial seria cada um cuidar da sua vida?
Seria cada um saber cuidar da própia vida?
"Conhece-te a ti mesmo".
Um aforismo grego que ainda hoje faz sentido, mas eai?
O que adianta saber o problema e não resolve-lo?
O que adianta se achar errado e não mudar nada?
Vai ficar esperando alguém jogar essas coisas na sua cara?
Sejamos mais fiéis a nós mesmos.

*Oscar Wilde em "O retrato de Dorian Grey"


terça-feira, 3 de maio de 2011

O acaso.

É engraçado como nessas horas as certezas só nos confundem mais.
Coisas que a gente sabe, e não precisam ser ditas.
Mas que a gente tem vontade de falar, e ficam subentendidas.
Ninguém entenderia, e pra quê tentar entender?
Buscar explicação pra tudo é desespero, ansiodade do não saber ainda.
Nenhuma resposta vai satisfazer.
E as vezes só é preciso apagar a luz do quarto.
Andamos distraídos, e é nessas horas que acontece o que não
esperávamos, mesmo que queríamos isso.
A forma de controlhe descontrolada, do nada se vem e não do nada que se vai.
Criando quase que uma revolução idealizada, problema quando
só é idealizada, volto a dizer: expectativas as vezes são um problema.
Pé no chão e cabeça nas nuvens, seguir em frente sempre.
A vida geralmente é cômica demais pra ser levada tão a sério.
Não adianta querer perder tempo escrevendo uma história à lápis,
se preocupando sempre em querer passar uma borracha.
Seguir escrevendo à caneta, se algo saiu errado, ponto seguida,
e escrever da forma como quiser, desde de que sejam suas própias palavras.

Doces ou Travessuras.

Não quero ser perfeito, primeiro porque isso não existe.
Segundo que a "idéia" de perfeição varia demais como toda opinião.
Os homens que já vi tentarem ser "bonzinhos" demais, com raríssimas
excessões, acabaram por serem traídos por um "canalha".
Veja bem não estou defendendo os canalhas ou condenando os bonzinhos,
apenas que acho que mulheres sonham com os bonzinhos, mas na verdade
não querem alguém sempre bom demais, percebam que elas tem mania de
falar mal geralmente dos que mais amaram.
A fina camada entre amor e ódio, elas querem dar tapas como se
estivessem acariciando, querem gritar como se estivessem dando uma gargalhada.
Ao invés de sempre "meu amor, meu bebê..." um "gordinha, feia..."
só pra irritar um pouco e rir disso.
A não ser que ela seja muito chata e leve tudo a sério.
Aliás é algo digno das pessoas chatas, levar tudo a sério.
Cada temperamento exige sua forma de tratamento, foda é saber com que
temperamento se tem de lidar, até que você provoque uma reação.
A mesma mão que puxa o cabelo, também estar lá para enxugar as lágrimas,
uma espécie de louco mas com lucidez.
Evitar essas chatisses de briguinhas com vários rounds.
Não é o caso de quem perde ou ganha, e sim de como se joga.
Mas se você conhece bem com quem está, digo se realmente se interessa
em saber com quem está, vai saber dessas coisinhas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Relacinamento x Sentimento

Preste atenção, não sou do tipo que sai distribuindo "eu te amos" pela rua.
Nem sou tão "meigo", ou tão "fofo", talvez seja um defeito?!
Mas se eu tentar fechar minha mente, por favor mantenha-a aberta.
Se eu quiser ser sincero e ficar sério, tenha cuidado.
Muitas pessoa querem honestidade, mas poucas a praticam,
e menos ainda estão preparadas para ela.
Pessoas com muitas peças soltas, esperando alguém que tenha uma forma
de juntá-las, pedaço por pedaço, isso seria o ideal.
E quando parecer insuportável, lembre que não precisa ser tão sério.
Quando se para de rir junto as bocas se fecham umas para as outras.
Não queira um sentimento mendigo, não esmole um carinho, isso é
deprimente, esperar que lhe alimente e viver de migalhas.
Perceba que vale a pena quando tão perto, não importa o quão distante.
Cada dia que passa a mesma coisa, mas sempre algo novo.
Confiança é mínimo e o máximo que se pode querer em troca.
A necessidade e a expectativa demasiadas podem estragar tudo.
Apenas segurar a mão e sair por ai, pra onde?
Não importa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Singularmente Pluralizado.


O cheiro de cigarro, o gosto de café.
A nostalgia e as vezes a adrenalina.
As ruas cheias e a casa vazia.
O caminhar na praça e as corridas no boteco.
As apostas e as conversas engraçadas.
O riso fácil e a melancolia sobreposta.
O violão com a rede na sacada, a guitarra na sala.
O cabelo ao vento, com a travessa presa na cabeça.
As bocas abertas e o coração fechado.
As vezes bocas fechadas e coração aberto.
O silêncio do interior e a agitação da cidade.
A nostalgia da memória cheia com a ansiosidade de algo novo.
As nuvens carregadas e o céu limpo e azul.
O vento forte e o barulho das ondas quebrando.
A firmeza do asfalto e a maciez da terra no pé.
O toque suave da lua e o ardor do sol.
As folhas caindo e os pássaros voando.
O ser e o não ser, é a questão e sem questão de ser.
A certeza sem prova, a dúvida sem questionamento.
O crente sem fé e o ateu com esperança.
A ilusão real e a verdade sem sonho.
O ir sem chegar, o fim sem começo.
O dia escuro e a noite clara.
 A vontade sem motivo.
"Eu sou, eu fui e eu vou..."

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Observar e Sentir.

Lá estava, como um cego que por algum motivo havia voltado a enchergar.
Sentindo algo estranhamente confortável, como uma sombra no deserto.
Mas sentindo o frio na barriga de estar andando em direção a um abismo.
Olhos no escuro, sentir o gosto da cor vermelha na boca...
Era quase um alívio saber que ainda estava vivo.
Na verdade estava cansado e com sede, estava correndo a tempos.
E o tempo estava correndo, como que fugindo e escapando.
Desperdiçando o brilho como estrelas em um universo escuro.
Algumas pessoa podem ver esse brilho nas sombras, poucas.
E nada guiando o caminho, estava perdido, sem rumo.
Tudo o que é fazia parte, do sofá ao barulho.
Nada parecia ter nexo, mas se encaixava quase que perfeitamente.
Ainda que fora de contexto, mas deveria acontecer e aconteceu.
Era quase invitável, uma atração, quase inevitável.
Só bastava acreditar, só bastava fechar os olhos para ver.
Sem saber se estava acordando ou indo dormir, não faz diferença.
O pássaro cantou na janela, não teve como evitar abrí-la.
Um canto comum, mas que tocou profundamente, não se sabe.
E até quando vai estar com a janela aberta, e o pássaro a cantar?
Pouco importa  já lançou seu canto suave vermelho.
Olhos e ouvidos atentos, observar e sentir.

Ceticismo

Por que tão sério?
Engraçado como as pessoas lembram o que queriam esquecer,
ou esquecem o que gostariam de lembrar.
Algumas reclaman por não ter o que fazer, mas quando o telefone toca
preferem mandar dizer que não estão em casa.
Preferem assistir e pagar para ver um jogo de futebol do que ir jogar.
Sair por ai enchendo a cara à se olhar no espelho e encarar o problema.
Se masturbam trancadas no banheiro e dizem que querem casar virgens.
Ouço pessoas falando em liberdade e igualdade, ao mesmo tempo que
apontam vícios e defeitos umas nas outras.
Pessoas indo a igreja incapazes de olhar na cara do própio filho e ver
que ele tá afim de sair pra curtir com os amigos.
O inferno são os outros, nunca somos nós mesmo.
"Palavras são erros e os erros são seus, não quero lembrar que eu erro..."
Querem sair por ai matando umas as outras e a culpa umas nas outras.
Bullying virou desculpa de psicopata, covardes mesquinhos como nós,
quando não assumimos que o problema é nosso.
Uma espécie de peidei mas não fui eu.
Pessoas que se mataram, acordam sem motivo, olham pela janela, saem por ai
deprimidas e comprando cada anúncio idiota que aparece, pra satisfazer seu
vazio estado de medíocridade.
Colocamos muralhas em nossa volta por medo de arriscar e experimentar a dor.
Medo até de amar, de se desiludir, daqui a pouco mal vamos nos cumprimentar.
Tudo se torna frustação, tudo se resume em um pânico da perca de controlhe.
Ninguém mais percebe que viver é deixar viver?
O medo de morrer vai fazer todos ficarem trancados em casa rezando?
Quando você vai parar de lamentar não ter o que queria e começar a ser
o que você queria ser?
Espere então o próximo comercial para decidir qual o próximo corte de cabelo,
o próximo corpo perfeito. 
Então espere decidirem para você a próxima tendência a ser seguida....

terça-feira, 26 de abril de 2011

Expectorante

Voltando pra casa, sempre que prestamos atenção existe uma lição.
Fomos com esperanças e medo de frustações.
Andando na chuva, sempre caminhamos demais em Capanema,
estávamos acostumados a querer sair do lugar parados.
Lá a história tende a nos contradizer, correr atrás de tudo.
Cabos, instrumentos, amigos, garotas, expectorantes para
limpar nossos peitos cheios de impurezas.
Sempre bom voltar aquele lugar, rever e conhecer novas aventuras.
O ruim é ficar em casa, a casa que nos recebe de
punhos fechados e bocas abertar demais.
Aqueles olhares acusadores, de quem está esperando uma falha.
Como um reporter á espera de um novo furo para seu jornal.
Mas lá estávamos, seja fugindo na madrugada fria ou com a
polícia batendo na porta querendo conter nossa diversão.
De volta com os olhos vermelhos e a cabeça fora do lugar.
Encontrar todas aquelas pessoas estranhas nos olhando,
algumas querendo ouvir, outras querendo falar.
Mas não importa, ainda somos um tripé de um microfone amplificado.
E é um alivío conseguir respirar depois daquelas noites, agora até
parece mais fácil, nos sentimos renovados porém não convertidos.
E a lição?
Todos são culpados até que se prove o contrário.

Encontros e Desencontros

Então é isso, as coisas quase sempre ou nunca saem como queremos.
Destino, se é que você acredita, simplesmente nãos está em nossas mãos.
Mas isso não é algo mal assim, afinal sem controlhe é mais natural e real.
Algumas ligações de celular marcam encontros e desencontros.
Mas o mais foda não são as vozes, ouvir é bom para acalmar, mas nada
comparado aquele olhar, esse olhar que faz a gente sentir saudade.
Como se fosse um portal para um buraco negro chamado alma.
Cheio de caos, mistérios e outras dimensões difíceis de acreditar.
A conversa sempre ótima, mas o encontro as vezes nos deixa sem palavras.
Tudo nesse instante se traduz em um abraço, um pequeno espaço, o máximo
que dois corpos podem ter da ilusão de ocuparem o mesmo espaço.
A fina linha entre o sonho e a realidade, sempre tende a prevalecer a realidade.
Acontecer no tempo certo, levar as coisas boas para se afirmar e as coisas más
para se preservar, conservar o medo sem se esvair da alegria.
Levando tudo de forma leve, sem o pesar do "apesar" de tempos atrás.
Só sorrir de volta, por não existir outra forma mais sincera de expressar esses
momentos bons, que melhor que não sejam todos os dias, sejam sempre únicos.
Talvez seja só mais um livro na sua cabeceira, mas não creio que uma leitura
obrigatória, afinal aqueles dias não foram ócios do seu ofício.
Ela não usa máscara, só aquele batom vermelho, aquele batom vermelho...
Que dividia meu desejo entre seus lábios num abraço ou puxando seu cabelo.
Quando descobri que desejo e admiração se completam, é foda...
Ainda ouvi uma proposta de um par perfeito, sentado na calçada, uma história
que no fim eles não acabavam juntos, em frente ao colégio.
Mas em mim, em algum lugar ainda está a marca daquele batom vermelho.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mais uma conversa... (O Limite)

Mais uma vez ele me liga falando nela.
Quer se entregar por inteiro, mas ela se satisfáz com alguns centímetros.
Não é somente saudade, é uma crise de abstinência.
Sentimento não é algo que se possa adestrar, feliz ou infelizmente.
Tendo as paredes como testemunhas de uma tentativa de exorcismo emocional.
Com o silêncio que ainda alimenta sua esperança.
Qualquer gota de água parece um Tsunami.
À flor-da-pele, mas sem pétalas, só restaram os espinhos.
Com a mão nos olhos depois de tanto tempo no escuro já se tem medo da luz.
Difícil é ser livre quando se você mesmo se prende.
Percebemos o armargo gosto da angústia, quando o natural se torna obrigação,
quando o desejo se torna ciúme, quando o amor se torna sofrimento.
Especulações e histórias que só existem na nossa cabeça.
Esperando por um fato que justifique alguma ação,
como quem espera uma bala perdida lhe achar.
Vai ser sempre assim, quando não há certeza o que parece prevalece?
Não adianta ficar se lamentando, de cada passo é que se percorre um caminho,
mais rápido ou mais devagar depende de você.
 Quando nos entregamos com essa intensidade a alguém,
damos a essa pessoa o controlhe, nos construir ou nos destruir.
Nada seria tão emocionante se não houvessem riscos.
O que se ganha com a indiferença?
A calmaria vêm dessa sensação de vazio.
Corra! ande, rasteje, para frente ou para trás, mas ficar parado
é está estágnado, e não foi esse o problema?
Assim como não há fim sem antes um começo, não há começo sem fim.
A idéia que ainda está na sua cabeça é de falar a ela :
O que você me pediu e eu não pude fazer, eu te perdi, mas você não me perdeu.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Refletindo sobre a personalidade.

Me perdoe por não acreditar em disco voador, não dar a mínima se existem
seres extra-terrestres, ou se tem algo no universo.
Têm coisas que simplesmente não acho lá tão relevantes, não que as ingnore,
mas dou a devida importância de alguém que não morre por isso.
Ou não morre por nada, a propósito tinha dúvidas sobre vida após a morte,
hoje simplesmente não ligo pra morte, viver é mais preocupante.
Queria que você procura-se não julgar e sim tentar entender, ou pelo menos
não me crucificar, não sou nenhum mártir, nem apoio causas.
Cansei de ver pessoas levantando bandeiras só para sair na foto.
A verdade é que ninguém sabe nada de ninguém, não importa o quão tempo,
ou o quanto se estude ou fofoque sobre aquela pessoa.
Geralmente somos aquilo que queremos mostrar, só pessoas muito destraídas
ou muito falsas não fazem isso, mas ninguém é vilão ou herói nisso.
Cada um com suas razões, ou sem razão, mas cada um com seu "porque" ou
seu "como" segue fazendo aquilo que faz.
E fazer o quê?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Down

Sim estou longe e perto, e tudo em volta parece estar deserto.
Esse silêncio ainda fica aqui dentro, guardado a sete palmos e se remoendo.
É, não dá pra falar o que não se sabe explicar, mas boca fechada não basta pra calar...
Nunca se diz "tudo bem" e fica por isso mesmo, é bobagem sair de tudo ileso.
Não precisa me ouvir gritar, cabeça encostada na parede é pra consolar.
Algumas lágrimas já satisfazem a dor, sem grande esforço aos olhos curou...

Mão na cabeça...

Vejo o meu reflexo no fundo de mais um copo.
Novamente um blues tocando pra acompanhar um babaca sentimental.
Só mais uma nova versão de uma velha histótia.
Cantando o que ninguém quer ouvir, ou já está de saco cheio.
Esse semblante de derrota já fica clichê, idiota demais.
Mão na cabeça, como se estivesse com medo de ser flagrado.
Por que continuar assim se nada resta quando acaba?
Vou saciar teu ego com minhas loucuras, isso que te faz sentir melhor.
Repulsa do espelho, que não me mostra nada novo.
Pegue suas mágoas e dê o fora, é um peso desnecessário.
Ninguém paga pra ouvir lamentações fúteis e egocêntricas.
Me deixe com meus pecados que não quero confessar.
Que mil raios partam, qualquer sentido vago de razão.
Sua inocência que não me agrada, seu lixo extraordinário.
Não quero mais um refrão de bolero, já fui sincero como não se pode ser.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sem querer querendo...


Engraçado como gostamos do que temos, mas sempre parecemos valorizar
 mais aquilo que ainda desejamos.
 E a satisfação tem o gosto amargo de fim-da-vontade, da busca...
Como gatos, que nunca parecem querer carinho quando queremos pegá-los, agradá-los...
e quando estamos de saco cheio eles aparecem cheios de manha pro nosso lado...
Li que os homens e os gatos possuem a mesma região do cérebro responsável
pelas emoções, ai é foda... esse querer não querendo, ou não querer querendo é
algo tão familiar... Quase natural, embora na maioria dos casos pareça algo forçado.
E muitas vezes queremos sumir, sem ninguém saber, e do nada voltar,
como se nada tivesse acontecido, e não acontece isso?!
O cão pode ser o melhor amigo do homem, mas é pura inveja do fiel companheiro,
sempre disposto à sentar e rolar pelo chão por uma mão acariciando,
ou dando uma certa segurança. Mas os gatos parecem estar nem aí pra isso.
Bom pra eles :)