quinta-feira, 31 de maio de 2012

Criando um grupo.

Surgiu a ideia de criar um grupo no facebook... talvez só mais um grupo, talvez
um lugar para bater um papo honesto em meio a tantos disfarces...
Surgiram sugestões de nomes como: Entre silêncios e gemidos, Livre e Restrito etc...
O que me alegra é saber que não sou o único que sente falta de poder
expressar por entre palavras nuas, despido de qualquer pudor ou censura
o que quer que seja.
Sim, hoje temos nossa liberdade de expressão garantida constitucionalmente,
mas será que temos liberdade ética e moral pra sermos nós mesmos?
É confuso, muitas vezes nem nós mesmo nos reconhecemos, que dirá quem
está por fora...
Um palavrão, uma atitude impulsiva, uma roupa mais curta, um cigarro ou
uma bebida. O problema é encontrar na sociedade muitos juízes e poucos
dispostos a sentar no banco dos réus.
E por que eu deveria ter de escolher entre ser condenador ou condenado?
Quero deixar um pouco o dever de lado e usufruir mais dos meus direitos,
Sem ser responsável ou irresponsável, apenas ser eu mesmo...
Posso?

sábado, 26 de maio de 2012

Eu fumava aquele que deveria ser o ultimo cigarro da noite antes de ir dormir,
enquanto ouvia uma musica e tentava não pensar em muita coisa meu celular tocou.
Era uma garota que a um tempo vinhamos conversando, ela elogia as coisas que
escrevia e todo mundo sabe o quanto o homem é vítima do seu próprio ego.
Eu não sabia seu sobrenome ao certo e duvido que ela soubesse qual o mês
do meu aniversário, apenas nos demos bem em algum instante quando nos
conhecemos pela internet.
No começo as formalidades de "oi, tudo bem? o que cê tá fazendo?..." até que
finalmente ela pergunta se pode passar na minha casa pra gente beber algo e conversar,
"claro..." por que não?.
Bem... 20 minutos depois ela bate a campainha, desço pra atender a porta e a vejo,
estava realmente linda, ou melhor dizendo, encantadora. É incrível como certas mulheres
tem esse poder de se transformarem apenas penteando o cabelo para o outro lado ou
mudando a cor do batom.
Entramos, subimos a escada e fomos para minha sacada.
Acho que deve existir uma equação de proporcionalidade inversa entre o vinho e o pudor.
Após restarem apenas uns dois dedos da garrafa já estávamos surdos o suficiente para só
conseguirmos falar ao pé do ouvido um do outro.
Aquele sussurro que esquenta a orelha seguido de uma língua que acaricia o lóbulo.
As unhas sendo cravadas na nuca chegando quase sem querer e logo chamando a atenção
do corpo inteiro, que responde ao chamado.
Minha intenção não é narrar um conto erótico então bastam esses detalhes.
O que me intriga é que passados alguns minutos, horas e dias... é como se fôssemos
completos estranhos.
Incapazes de marcar uma tarde pra passear no parque, ir ao cinema, almoçar juntos.
E eu achava que o ápice da intimidade era a relação sexual.
Antes eu tivesse meus 15 anos e me deparasse com situações desse tipo,
iria provavelmente contar para meus amigos com orgulho como se tivesse zerado um jogo
muito difícil ou feito um gol na partida final dos jogos internos do colégio.
Muitas pessoas estranham, acham que eu só sei reclamar, que sou um velho precoce ranzinza.
Talvez seja verdade, mas acho que no século XXI o sexo é superestimado,
quase deixa de ser uma questão de "quem" e passa a ser de "quantos" e "quando".
Esse aumento quantitativo em detrimento do qualitativo é que me fode a cabeça,
me faz as vezes não ver tanta diferença entre uma masturbação e transar com uma garota.
Fora que só em pensar que a garota que tenho em meus braços só está assim por ter
ficado entediada de ver televisão, isso já me deixa frustrado.
Tudo bem, você não precisa esperar pelo idiota do príncipe encantando o a pati vadia da
princesa, mas se iremos passar algum momento que seja juntos isso deveria importar.
Deveria importar olhar nos olhos, saber como foi o dia, se você gosta mais de Beatles ou
Rolling Stones.
Afinal se fosse apenas por uma mera necessidade fisiológica todos temos auto-satisfação
ao alcance das mãos.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Por que limitar-se?

O lado bom de não ser headbanger ou metaleiro é poder ouvir do St. Anger do Metallica
à Dimmu Borgir e até nu metal sem ninguém me enchendo o saco falando que sou poser.
O lado bom de não ser rockeiro é poder curtir reggae, soul, funk, samba, carimbó e até
os bregas antigos sem ninguém ficar no meu pé.
O lado bom de não ser ateu é não ser visto como um satanista ou as vezes até ir à igreja
com a família seja só pra conhecer a arquitetura.
O lado bom de não ser cachaceiro é poder sair pra baber com os amigos sem aquela coisa
de ficarem esperando que eu fique porre pra fazer todo mundo rir toda vez.
O lado bom de não ser maconheiro é poder escolher a hora que tiver vontade de dar um
pega sem ninguém me chamando de careta.
O lado bom de não querer me limitar a esteriótipos é a minha liberdade de expressão garantida.
Somo animais racionais, não precisamos ficar andando em bando como os outros...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mais uma partida de poker.


Acho que eram 15hrs, eu tava dormindo ainda quando um amigo me ligou pra fazer
alguma coisa no dia mais  entediante da semana, domingo.
Liguei pra um outro amigo, Burno, que é meu vizinho e marcamos de jogar poker na casa dele.
Coloquei algumas musicas no pen drive e peguei uma caixa de som pequena pra levar.
Quando saí de casa Borba, o amigo que tinha me acordado já estava em frente
então fomos comprar uma carteira de cigarro e algumas cervejas antes de chegar na casa do Bruno.
Chegamos e logo armamos a mesa para começar o jogo, ouvindo musica e abrindo
uma por uma as 12 latinhas.
O jogo foi rolando, eu provavelmente estava com sorte, não que eu não saiba jogar com as cartas, mas aquilo era mesmo só pra passar o tempo.
Apostamos 3 reais cada um, divididos em 3 cores de fichas, e a essa altura eu já concentrava grande parte delas. Burno ficou sem mais fichas e pegou mais 2$, Borba logo depois também ficou sem fichas, então sobraram Burno e eu.
Eu continuei ganhando e estávamos rindo e tirando barato um com o outro, principalmente com Borba, ele tem alguma coisa... sei lá não lida muito bem com isso, já tinha percebido antes que ele não aceita muito bem se sentir por baixo. Então ele colocou uma certa pilha pra que apostássemos tudo em uma única jogada, All In.
Eu não queria arriscar perder tudo às cegas, qualquer jogador não é tão idiota ao ponto
de apostar tudo o que vem ganhando em uma única jogada com uma pessoa com bem
menos fichas que você, mas como disse, Borba insistiu para que a jogada fosse feita.
Talvez ele tenha ficado com raiva da forma como nós ficamos tirando barato com a derrota dele, e eu não queria perder, mas ele estava me enchendo o saco, por pouco eu não fiquei realmente puto.
De forma que no fim das contas eu pensei "ah foda-se, é só um joguinho,
estamos apostando três reais, eu não tô aqui pra ganhar dinheiro mesmo" e assim aconteceu. Perdi a última jogada e todas as fichas que tinha ganhado até então, dessa forma Borba riu.
Riu bastante, sei lá soava quase como um êxtase.
Não consegui disfarçar  muito bem o quanto eu tinha ficado puto em perder o jogo,
só pra não demonstrar o quanto eu realmente estava de saco cheio daquela "disputa" idiota que já parecia pessoal.
No fim de tudo saímos rindo e fomos pra casa quase embriagados e sorridentes.
Mais uma vez o poker me ensina alguma lição, as vezes o mérito vale mais que a vitória em si, por mais que apenas você sinta ou saiba disso.
Talvez eu seja só um egocêntrico idiota que não saiba perder também, espero descobrir antes que todos saibam.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Bukowski - trecho em "Notas de um velho safado".

[...] Mas o que estou tentando lhes dizer é o seguinte, que a razão pela qual
a maioria das pessoas está nas pistas de corrida é que elas estão agoniadas,
é isso aí,  e estão tão desesperadas que se arriscarão a mais uma agonia ao
invés de encarar sua presente situação (?) perante a vida.
Agora, os figurões não chegam a ser nem a metade tão bundões quanto
nós pensamos que eles sejam. Eles sentam nos topos das montanhas estudando
o caminho das formigas. Você não acha que Johnson se sente orgulhoso de seu
umbigo? e você não se dá conta, ao mesmo tempo, que Johnson é um dos maiores
bunda-moles que jamais empurraram pra cima de nós?
Nós somos fisgados, esbofeteados e cortados em pedacinhos estupidamente.
Tão estupidamente que alguns de nós acabam finalmente amando nossos atormentadores
porque eles estão lá para nos atormentar de acordo com linhas lógicas de tortura.
E isto parece assim tão razoável, porque é tudo que existe.
Santa Anita está lá, Johnson está lá, e de um jeito ou de outro, nós os mantemos lá.
Nós construímos nossos próprios suplícios e berramos quando nossos genitais são
arrancados pelo protetor subnormal acenando a grande cruz de prata (o ouro anda escasso).
Deixem que isto explique, então, por que alguns de nós, se não a maioria, se não todos,
estamos lá num dia como 22 de março de 1968, uma tarde em Arcadia, Calif.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Belém-Pará-Brasil.

Deixando de lado um pouco os abstratos, resolvi falar um pouco da (in)solides social, política e econômica.
Observando como se encontra a evolução nesses aspectos no Brasil, influenciando na nossa região.  

  • Li hoje que a Abras (associação brasileira de supermercados) em acordo com o ministério público federal, irão estabelecer programas de incentivo a não comprar carne de fornecedores que desmatam. Bem, regularizar a pecuária na Amazônia realmente é necessário e urgente.                 Não só urgente como atrasado. A devastação de hectares florestais chega a 62.2% dos quase      720 mil km² que foram ocupados por pastagens, isso em um estudo do governo considerando os 9 estados da Amazônia Legal feito até 2008, o que é um número exorbitante perto dos 5% utilizados pela agricultura. Falta de investimentos em tecnologia rural junto com a precária e corrupta fiscalização se tornam um campo realmente fértil para a proliferação de latifundiários insanos   visando lucro imediato a qualquer custo. Nem vou perder meu tempo pesquisando a evidente  relação entre os deputados que elaboraram aquele código florestal sem precedentes na história  e esse descaso com a ideia de desenvolvimento sustentável, que se não vetado pela presidente...    Mas já um grande passo adiante esse acordo entre a Abras e o ministério público.
  • Por aqui começamos as ações com uma lei que obriga comerciantes a usar sacolas plásticas oxibiodegradáveis. O processo é bem gradativo, a redução será de 50% até 2017 tendo em vista sairá bem mais caro para os comerciantes comprar as novas sacolas plásticas.
  • Lembrando que esse ano teremos Rio+20, que nada mais é do que sobre economia sustentável e     a "economia verde". Economia que será debatida na Cúpula dos Povos, que discorda aos       modelos de produção ainda utilizados bem como suas consequências negativas no meio social.     Mas entre esses dois eventos que estão sendo bem divulgados, o que me chamou mais atenção      foi outro evento criado paralelamente denominado Xingu+23. Desenvolvido pelo movimento Xingu Vivo, que trata ainda mais do modelo de desenvolvimento na Amazônia, o que remete as obras em andamento de Belo Monte. Que além de debates também promoverá ações de rua em Altamira, visando levar para o Rio a disparidade entre a energia produzida em Belo Monte para indústrias e para a população, e as estatísticas que mostram o aumento no índice de violência na região devido a forte migração feita para a área do canteiro de obras da hidrelétrica. Esses índices incluem o  aumento desde crimes sexuais à latrocínio, que teve um pavoroso aumentou de 500%!
  • Em contra-partida, o governo do Pará tem fortalecido a relação comercial técnico-científica com a Malásia para o desenvolvimento da indústria de palma (que pode manufaturar vários produtos,   como o óleo), que também quer junto ao Pará o crescimento da indústria da borracha em ambos    os países.
  • Enquanto isso acabamos de sair de uma greve de ônibus, que como consequência assegura  melhorias para os trabalhadores do transporte público e encarece o preço da passagem, que agora está fazendo um ano desde o ultimo ajuste.
  • O feijão vendido nos nossos supermercados alcançou a incrível marca de 65,25% em um ano, passando de R$ 2,54 para 5,85... se continuar assim, daqui a pouco feijão será só no almoço de domingo.
  • Bom... nem preciso lembrar que esse ano ainda teremos eleições né, para o nosso Estado votar é obrigatório e conhecimento é opcional, portanto não se deixe levar por meia-dúzia de frases políticas manjadas.