sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Real-Ficção - Prefácio.

Talvez seja a ironia do rumo que as coisas foram tomando, ou simplesmente
por ser sobre tudo que marcou não só aqueles Dias e aquele ano, mas a minha vida.
De repente da lembrança fez-se a saudade e dessa saudade a história, a nossa.
A graça de escrever essa realidade está no fato de conta-la muito mais à mim
do que a qualquer pessoa que venha a ler algo algum dia. Depois de não
encontrar as respostas começo a me questionar sobre as dúvidas, sendo assim
por mim, gera-se uma ficção.
Cada momento vivido me fez lembrar do meu primo dizendo:
um dia vamos contar isso para os nossos netos, e com essa ância de contar
tudo o que se passou percebí que cada vez entendia melhor o "fim" observando
o começo. Finalmente saber se amamos somente a idéia de amar, se desejamos
criar um romance de filme, ou viver aquilo que deve ser o amor.
Mas no fim das contas eu sempre soube, só não tinha capacidade ou maturidade
para entender.
Eu acho que me conheço bem mais do que admito me conhecer, as vezes penso
que a gente finge não se conhecer para se permitir à certas "surpresas".
Lembro que em uma aula de artes na quarta série do ensino fundamental
a professora pediu para desenharmos algo no qual nos definíamos, nosso jeito;
talvez se fosse hoje em dia eu acharia impossível, complicado demais ou
passaria horas pensando no que colocar naquele papel em branco. Na época
acho que demorei uns 5 minutos para desenhar um barco-à-vela no meio do mar.
Quando a professora me perguntou o por quê disso, expliquei que me via assim,
livre e com um mar para navegar mas sem enchegar realmente alguma opção de
lugar para ir, nenhuma terra à vista.
Passaram-se anos e ainda me vejo no meio do mar como no desenho, deixando a
correnteza e o vento me levarem para qualquer lugar. Sou o mesmo ainda?
No fundoa vida toda é um reflexo da nossa infância.

Era quatro de julho de 2009, meu aniversário de 17 anos...

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