quinta-feira, 29 de setembro de 2011

High Hopes

Dias que parecem meses e meses que passam com um dia.
O que conta são as noites, as que passo sem me dar conta,
que mostram e me escondem nas sombras, o escuro acolhedor.
Os dias só trazem uma esperança boba e tola de que as coisas
irão melhorar, ou que algo vai mudar com o clima ou o vento,
não adianta, fico sentado esperando algo me encontrar.
O poder não está em minhas mãos, apenas a vontade que
guardo comigo, mas nada posso pois nada me fortalece,
Tento me erguer por minhas próprias pernas, que tremen sempre
que tento levantar e correr, e preciso, antes que o tempo leve tudo que
é bom embora e só me restar deitar na cama que
me consola e diz que há algo de confortável.
Só espero que todas as mentiras por mais bem contadas não
venham confundir a minha verdade, por mais que
minha visão mude de horizonte não mudar meu modo de enchergar as coisas,
para uma vida consumida pela degeneração lenta.
Que nem a imensa dor que sinto seja capaz de me acovardar diante
da incapacidade de reação perante a decepção.
O esperar demais dos outros não deixe superar a razão que exigem de mim.
Essa condição de refém de um acaso que nem é meu, mas estar ligado
da forma mais incoveniente que seja não diminui a dor de saber que o
erro está lá, e talvez poderia mudar ou deixar de acontecer, mas o fato
de ter existido sempre vai ficar encravado e trazer a dor de volta.
Não erre, não procure errar, não se esconda atrás de desculpas que
em vão tentam dar sentido à isso, não há perdão para um erro
premeditado. Mesmo ao acaso já é quase imperdoável.
Como tolas juras de amor, se todos amassem pra sempre cada novo relacionamento...
sempre vem uma onda depois da outra e como bobo fico sempre achando
que uma pode ser melhor que a outra, o que vale mesmo é a areia que nunca passa,
sempre esteve e vai estar lá me esperando quando voltar à praia.
Mas não valorizamos o que nos tráz a certeza, escolhemos nos aventurar
em coisas incertas, e quando o castelo de cartas desaba vem a tristeza tola
de ter desmoronado, que de bobo construímos já sabendo que não era seguro.
Talvez eu tenha entendido errado, talvez baste mais uma noite passar
e amanhã já estará tudo bem...
Lá vou eu de novo com minhas esperanças...

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