domingo, 30 de outubro de 2011

Além do que se vê.

"No presente a mente, o corpo é diferente.
E o passado é uma roupa que não me serve mais...."
Mas então você me pergunta pela minha paixão, digo que estou encantado
com essa nova invenção, eu quero ficar nessa cidade.
Eu sei disso pela ferida viva no meu coração.
Já faz tempo eu vi você pela rua, se movendo com o vento.
Indo para algum lugar e lugar nenhum, encontrando e se perdendo.
Na parede da memória, essa lembrança é o quadro que me dói mais.
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina, nada está a nosso favor,
o sinal quase sempre está fechado para nós que somos tão jovens.
Nem sempre viver parece melhor que sonhar, e o amor deveria ser uma coisa boa.
Seguir em frente, realmente é preciso, você diz que nós não temos futuro e eu concordo.
Mas ainda estamos no presente, desafiando o tempo, as pessoas... tudo.

Quando amo, quase sem querer devoro todo meu coração.
Digo que te amo, grito que te odeio no mesmo fôlego.

E se você quer saber, eu começaria tudo outra vez se preciso fosse.
Enquanto estivermos, nada foi em vão.
Então eu cantaria, como cantei e cantarei só para afastar o silêncio.
Tenho ou um dia terei, fé no que virá.
A alegria de poder olhar para trás e ver que voltaria tudo outra vez.
Mais uma vez, recomeçar.

*
(adaptação: belchior-velha roupa colorida, como nossos pais; chico buarque -baioque; começaria tudo outra vez)

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