segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fim de semana em Ourém.

Ao longe ouço o próprio eco da minha voz.
As vezes falo coisas que queria ouvir de outras bocas.
Mas esperar acaba por me deixar de saco cheio.
Esperança de que um dia o céu se abra e tudo mude, não mais.
Pego minha mochila e vou ao encontro de quem eu quero ser.
Guitarras e pessoas que também criam esperanças.
Inspirações em cima de erros fazem as letras dessa nova melodia.
Longe de casa eu me sinto no meu ambiente.
Não o suficiente, não o necessário, dessa vez é o que quero.
Errado é  seu ponto de vista sobre o que não sabe ao certo.
Não estou preso a isso, eu fui porque realmente quero.
Busco isso a muito tempo, não veio do nada.
Não estou me renovando ou inovando, estou sendo eu mesmo.
As árvores e a fumaça como testemunhas à beira do rio.
Em cima do palco tudo parecia no lugar certo e na hora certa.
Olhando pra rostos que nem conseguiria lembrar, mas ali estávamos unidos.
Sem Deus nem diabo, sem certo ou errado, celebrando nossa humanidade.
O simples fato de estarmos vivos e vivendo, querendo sempre mais.
A contra-rotina venceu, e agora seguimos em frente com novas pessoas.
Não há muro que nos prenda quando queremos ser livres.
Minha cabeça ainda está no passado, o que seria uma questão de tempo.
Esse tempo me consome, mas ele há de passar.
O relógio pode parar, o tempo não.
Meu coração é apenas um tosco relógio quebrado.
Por isso sigo com a vida, minha vida, só minha.
Gosto de estar só, ainda bem que nada é sempre como a gente gosta.
Minha história é escrita por mim, mas não fala só de mim.
Não me vejo como seu personagem principal.
Mas tudo faz parte, tudo que sinto, vejo, ouço e respiro.
Caminhando, cantando, sem seguir nenhuma canção.
Meus olhos me mostram o meu caminho, sou fiel a eles.

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