quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nothing man.

E ele vaga por ruas vazias, frio e calmo, indiferente a tudo.
Ar de alguém perigoso, não por querer algo, mas pelo fato
de não ter nada a perder, isso sim, vai além.
Com seu rosto coberto, como quem esconde muitas coisas.
Pecados cometidos, promessas quebradas, desejos não realizados.
Quem seria tão inexistente assim, tão dispensável?
Nem lágrimas ou sorrisos, não ri e nem chora.
Anda devagar, de cabeça para o chão, parece cansado para tudo.
Tudo já foi divido, não há mais nada para subtrair.O presente nada mais é que o reflexo do seu passado,
e o futuro uma ilusão desiludida.
Disse que já havia contado várias histórias, mas ninguém acreditara.
Por isso não valia mais a pena abrir a boca, o seu silêncio respondia.
Mesmo quando dizia estar preso, todos o chamavam de louco, pois ele estava
ali, no meio da rua, exposto a tudo.
Ele só quer esquecer tudo o que vê, sua dor é está destinado a se lembrar
ao ver qualquer coisa, por mais boba que seja.
Só parece longe demais, longe de qualquer lugar que ele não queira ir.
Carrega algumas velhas fotos, que nem sequer olha, não precisa mais.
Uma vida passada, tudo tão diferente.
Parado estático, não quer cometer mais erros, e por que?
Impossível não cometer erros, ele está sendo idiota novamente.
Pior do que não conseguir fazer algo, é a falta de motivação. 
Nós temos a noite toda para sermos felizes, apenas sinta o ar.
Depois de tanto tempo não existe sentido para mentir, nada mais importa.
Nem sei se será pra sempre, mas nada mudou até hoje.
Não importa o quanto ande, sempre estará perdido assim, dentro de sí mesmo.
Seja lá o que o trouxe até aqui, valeu a pena?

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