quinta-feira, 2 de junho de 2011

O ultimo romântico.

Os lugares por onde andei, os caminhos que trilhei,
São maiores que a distância entre seus olhos.
Mesmo assim insisto em permanecer nesse meio espaço.
E por que? o que faz com que me perca nesse lugar?
Minha vida nunca teve fronteiras, nunca me ative à um lugar.
Os muros nunca me separaram ou me impediram de chegar,
onde quer que eu queira ir, eu vou, sem medo.
Mas minha liberdade tem me prendido, quando não quero ser livre.
Estou sob holofotes, que não quero, queria estar em um canto qualquer.
Queria apenas estar em um canto qualquer com você.
Eu cansei disso, eu falei demais, mas ainda não é o suficiente.
Eu sei, eu quero, mas não consigo compreender.
Como uma alma livre assim pode se ater de repente.
Ela quer estar fora do corpo assim, teimosa como fui.
Eu te vejo assim, linda, nua e um pouco tímida,
então ficamos minha alma e eu, tentando entender,
como o espírito entra nessa história, afinal de contas,
o amor é tão carnal, tão humano.
Nessas horas eu sinto que minha religião de nada vale,
quando adoro alguém tão imperfeito em suas qualidades divinas.
Eu pensei ter ouvido você rindo, sinal de quê ainda há algo de bom.
Eu queria saber, se eu posso ainda te fazer rir assim, por que parece
tão difícil ficarmos juntos?
Escolho algumas confissões, todas parecem tolas demais, demais...
Você não entenderia, e quem iria entender, que um homem que vê tudo,
pode ficar cego e perdido, mesmo estando em casa?
Engraçado como você nem existe, não foi um sonho, foi real.
Mas você foi só uma fantasia, que se vestiu, e nosso carnaval passou.
Agora eu nem te reconheço fora da minha cabeça.
Como o mais fiel cristão eu espero a sua volta, sua redenção.
Apesar de perder a cada dia mais a minha fé, em algum lugar,
existe aquele silêncio que percebia em seus olhos.
Eu cansei disso, eu falei demais, mas ainda não é o suficiente.

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