terça-feira, 26 de abril de 2011

Expectorante

Voltando pra casa, sempre que prestamos atenção existe uma lição.
Fomos com esperanças e medo de frustações.
Andando na chuva, sempre caminhamos demais em Capanema,
estávamos acostumados a querer sair do lugar parados.
Lá a história tende a nos contradizer, correr atrás de tudo.
Cabos, instrumentos, amigos, garotas, expectorantes para
limpar nossos peitos cheios de impurezas.
Sempre bom voltar aquele lugar, rever e conhecer novas aventuras.
O ruim é ficar em casa, a casa que nos recebe de
punhos fechados e bocas abertar demais.
Aqueles olhares acusadores, de quem está esperando uma falha.
Como um reporter á espera de um novo furo para seu jornal.
Mas lá estávamos, seja fugindo na madrugada fria ou com a
polícia batendo na porta querendo conter nossa diversão.
De volta com os olhos vermelhos e a cabeça fora do lugar.
Encontrar todas aquelas pessoas estranhas nos olhando,
algumas querendo ouvir, outras querendo falar.
Mas não importa, ainda somos um tripé de um microfone amplificado.
E é um alivío conseguir respirar depois daquelas noites, agora até
parece mais fácil, nos sentimos renovados porém não convertidos.
E a lição?
Todos são culpados até que se prove o contrário.

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