quarta-feira, 6 de abril de 2011

Rua na madrugada vazia.

Me leve para sua casa, quero conhecer seu paraíso, pois minha alvorada hoje tarda.
Minha lua escura nada ilumina, nem o mar ou a praça do relógio.
Queria eu andar por ruas antes jamais trafegadas.
Conhecer seus interiores e sua capitais, com ar desbravador.
Ouvindo blues, ou lendo Nelson, nada mais cativante.
Me leve para sua casa, quero conhecer seu paraíso,  pois minha alvorada hoje tarda.
Só a neblima a cobrir os caminhos, nada para ver ou ouvir.
Está ficando escuro, escuro demais para ver.
Nem um simples poste a iluminar, mas percorre vozes ao silêncio.
A madrugada fria já se apresenta, minha pele sente seus efeitos.
Me leve para sua casa, quero conhecer seu paraíso, pois minha alvorada hoje tarda.
As estrelas não me mostram caminho algum, só confundem ainda mais.
E de quê ainda me resta olhar o céu se nada vejo na terra.
Procuro nessas águas a resposta, sabendo que elas só aliviam.
Nessa fumaça que me faz esvair, e enche meu pumões nada vazios.
Me leve para sua casa, quero conhecer seu paraíso, pois minha alvorada hoje tarda.
Fechando os olhos, você iria me querer perdido?
Ou melhor, rosto triste, errante e desvairado?
Ainda posso ser honesto, assim você me deseja?
Ainda quebro, ainda estou quebrado, você correria esse risco?
Nada... esqueça só um pedido, uma promessa, algo mais.
Me leve para sua casa, quero conhecer seu paraíso, pois minha alvorada hoje tarda.

Um comentário:

  1. "Ainda quebro, ainda estou quebrado, você correria esse risco? Nada... esqueça só um pedido, uma promessa, algo mais."

    São muitas as ideias que "enchem meus pulmões nada vazios".

    Adoro teus textos!

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