quinta-feira, 28 de abril de 2011

Singularmente Pluralizado.


O cheiro de cigarro, o gosto de café.
A nostalgia e as vezes a adrenalina.
As ruas cheias e a casa vazia.
O caminhar na praça e as corridas no boteco.
As apostas e as conversas engraçadas.
O riso fácil e a melancolia sobreposta.
O violão com a rede na sacada, a guitarra na sala.
O cabelo ao vento, com a travessa presa na cabeça.
As bocas abertas e o coração fechado.
As vezes bocas fechadas e coração aberto.
O silêncio do interior e a agitação da cidade.
A nostalgia da memória cheia com a ansiosidade de algo novo.
As nuvens carregadas e o céu limpo e azul.
O vento forte e o barulho das ondas quebrando.
A firmeza do asfalto e a maciez da terra no pé.
O toque suave da lua e o ardor do sol.
As folhas caindo e os pássaros voando.
O ser e o não ser, é a questão e sem questão de ser.
A certeza sem prova, a dúvida sem questionamento.
O crente sem fé e o ateu com esperança.
A ilusão real e a verdade sem sonho.
O ir sem chegar, o fim sem começo.
O dia escuro e a noite clara.
 A vontade sem motivo.
"Eu sou, eu fui e eu vou..."

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