segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mais uma conversa... (O Limite)

Mais uma vez ele me liga falando nela.
Quer se entregar por inteiro, mas ela se satisfáz com alguns centímetros.
Não é somente saudade, é uma crise de abstinência.
Sentimento não é algo que se possa adestrar, feliz ou infelizmente.
Tendo as paredes como testemunhas de uma tentativa de exorcismo emocional.
Com o silêncio que ainda alimenta sua esperança.
Qualquer gota de água parece um Tsunami.
À flor-da-pele, mas sem pétalas, só restaram os espinhos.
Com a mão nos olhos depois de tanto tempo no escuro já se tem medo da luz.
Difícil é ser livre quando se você mesmo se prende.
Percebemos o armargo gosto da angústia, quando o natural se torna obrigação,
quando o desejo se torna ciúme, quando o amor se torna sofrimento.
Especulações e histórias que só existem na nossa cabeça.
Esperando por um fato que justifique alguma ação,
como quem espera uma bala perdida lhe achar.
Vai ser sempre assim, quando não há certeza o que parece prevalece?
Não adianta ficar se lamentando, de cada passo é que se percorre um caminho,
mais rápido ou mais devagar depende de você.
 Quando nos entregamos com essa intensidade a alguém,
damos a essa pessoa o controlhe, nos construir ou nos destruir.
Nada seria tão emocionante se não houvessem riscos.
O que se ganha com a indiferença?
A calmaria vêm dessa sensação de vazio.
Corra! ande, rasteje, para frente ou para trás, mas ficar parado
é está estágnado, e não foi esse o problema?
Assim como não há fim sem antes um começo, não há começo sem fim.
A idéia que ainda está na sua cabeça é de falar a ela :
O que você me pediu e eu não pude fazer, eu te perdi, mas você não me perdeu.

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